ATA DA NONAGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA
PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
24-10-2005.
Aos vinte e quatro dias do mês de outubro do ano de
dois mil e cinco, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho,
a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Comassetto, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, João Antonio Dib,
João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Margarete Moraes, Mario Fraga, Maristela
Meneghetti, Maurício Dziedricki, Nereu D'Avila e Professor Garcia. Constatada a
existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda,
durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni,
Almerindo Filho, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr.
Goulart, Ervino Besson, Gerson Almeida, Ibsen Pinheiro, Luiz Braz, Manuela
d'Ávila, Márcio Bins Ely, Maristela Maffei, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo
Odone, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA,
foram encaminhados: pelo Vereador Adeli Sell, os Pedidos de Providências nos
2415 e 2443/05 (Processos nos 6060 e 6129/05, respectivamente) e a
Indicação nº 072/05 (Processo nº 6015/05); pelo Vereador Alceu Brasinha, o
Pedido de Providências nº 2409/05 (Processo nº 6031/05); pelo Vereador Claudio
Sebenelo, os Pedidos de Providências nos 2417 e 2418/05 (Processos nos
6071 e 6072/05, respectivamente); pelo Vereador Haroldo de Souza, os Pedidos de
Providências nos 2396, 2397, 2398, 2399, 2400, 2401, 2402, 2403,
2404, 2405, 2464, 2465, 2466, 2467, 2468, 2469, 2470, 2471, 2472, 2473 e
2482/05 (Processos nos 6005, 6006, 6007, 6008, 6009, 6010, 6011,
6012, 6013, 6014, 6179, 6180, 6181, 6182, 6183, 6184, 6185, 6186, 6187, 6188 e
6211/05, respectivamente); pelo Vereador João Antonio Dib, o Projeto de
Resolução nº 140/05 (Processo nº 6192/05); pelo Vereador José Ismael Heinen, o
Projeto de Resolução nº 139/05 (Processo nº 6107/05); pela Vereadora Margarete
Moraes, os Pedidos de Providências nos 2383 e 2408/05 (Processos nos
5992 e 6028/05, respectivamente), o Pedido de Informações nº 257/05 (Processo
nº 6027/05), a Emenda nº 01 ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
024/05 (Processo nº 3527/05) e o Projeto de Lei do Legislativo nº 193/05
(Processo nº 4152/05); pelo Vereador Mario Fraga, os Pedidos de Providências nos
2475, 2476 e 2477/05 (Processos nos 6190, 6191 e 6195/05,
respectivamente); pelo Vereador Maurício Dziedricki, os Pedidos de Providências
nos 2352, 2412, 2414, 2455, 2456, 2457, 2458, 2459, 2460, 2461,
2462, 2478, 2479 e 2480/05 (Processos nos 5912, 6050, 6057, 6157,
6158, 6159, 6160, 6161, 6162, 6163, 6164, 6196, 6197 e 6198/05,
respectivamente) e os Pedidos de Informações nos 258 e 263/05
(Processos nos 6038 e 6156/05, respectivamente); pelo Vereador
Sebastião Melo, o Pedido de Providências nº 2416/05 (Processo nº 6061/05); pela
Vereadora Sofia Cavedon, o Projeto de Resolução nº 137/05 (Processo nº 6088/05).
Também, foi apregoado Requerimento de autoria da Vereadora Maristela Maffei,
por meio do Processo nº 6233/05, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando
autorização para representar externamente este Legislativo no “I Encontro
Nacional de Parlamentares em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente” e
em mobilização pela aposentadoria da dona de casa, a serem realizados amanhã,
em Brasília – DF. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofício nº 025/05, do Vereador João
Antonio Dib, Presidente da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL;
Comunicado nº 169696/05, do Senhor José Henrique Paim Fernandes, Presidente do
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Na ocasião, o Senhor
Presidente determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da
Octogésima Segunda, Octogésima Terceira e Octogésima Quarta Sessões Ordinárias
e da Quadragésima Quinta, Quadragésima Sexta, Quadragésima Sétima e
Quadragésima Oitava Sessões Solenes, que foram aprovadas, constatada a
existência de quórum. A seguir, por solicitação dos Vereadores Professor
Garcia, José Ismael Heinen e João Antonio Dib, foi realizado um minuto de
silêncio em homenagem póstuma, respectivamente, aos Senhores Antonio Carlos
Stringhini Guimarães, ex-Pró-Reitor de Extensão da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul; Afonso Luiz Menegon, ex-Vice-Presidente da Confederação
Sul-Americana de Bocha e Bolão; e Antonio Demarchi Chula, ex-Presidente da
Transportadora Expresso Cambará Ltda. Em continuidade, o Senhor Presidente
registrou a presença dos Senhores João Edgar Schmidt e César Augusto Zen
Vasconcellos, respectivamente Diretor do Instituto de Física e Pró-Reitor de
Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, convidando-os a integrarem
a Mesa dos trabalhos e informando que Suas Senhorias comparecem nesta Casa para
divulgação de ações comemorativas ao Ano Mundial da Física e abertura da
exposição itinerante referente a esse tema. Na ocasião, o Senhor Presidente
concedeu a palavra ao Vereador Carlos Comassetto, que saudou os visitantes, frisando
a contribuição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul para a divulgação
do Ano Mundial da Física e destacando a excelência das pesquisas realizadas no
Instituto de Física dessa Universidade. Também, justificou a escolha deste ano
pela relevância de artigos publicados por Albert Einstein em mil novecentos e
cinco, narrando a trajetória acadêmica e política desse cientista e enaltecendo
sua representatividade para o desenvolvimento científico da humanidade. Em
prosseguimento, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Senhores João Edgar
Schmidt e César Augusto Zen Vasconcellos, que destacaram a importância do
registro feito pela Câmara Municipal de Porto Alegre, relativamente ao Ano
Mundial da Física. Durante o pronunciamento do Senhor João Edgar Schmidt, foi
realizada apresentação de audiovisual sobre os avanços tecnológicos
proporcionados pelo estudo da Física. Às quatorze horas e quarenta e um
minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
quatorze horas e quarenta e dois minutos, constatada a existência de quórum. Em
GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Elias Vidal posicionou-se contrariamente ao uso
do passeio público por bares em Porto Alegre, procedendo à leitura de correspondência
recebida de um morador do Bairro Cidade Baixa, na qual são expostas as
inconveniências impostas àquela comunidade pelos freqüentadores de bares. Nesse
sentido, alegou que as pessoas podem se divertir em locais fechados durante a
madrugada, defendendo o direito das pessoas ao descanso. O Vereador Maurício
Dziedricki comemorou o resultado do referendo realizado ontem acerca do
comércio de armas e munições, realçando a ampla diferença registrada na votação
no Rio Grande do Sul e enfocando o direito de uso de armas de fogo em legítima
defesa. Ainda, analisou a edição desta semana da Revista Veja, que apresenta
iniciativas comprovadamente eficazes no combate à criminalidade, apontando
possíveis soluções para os problemas de segurança pública do Brasil. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Ervino Besson exaltou a decisão tomada pela
população brasileira no referendo sobre a proibição do comércio de armas de
fogo e munições no Brasil, argumentando que essa consulta popular reflete o
desejo da população por mudanças na política brasileira. Nesse contexto,
reprovou a campanha realizada por uma rede nacional de televisão e elogiou o
jornalista Paulo Sant’ana pelo posicionamento adotado em suas crônicas sobre o
assunto. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Ibsen Pinheiro discorreu acerca do
resultado do referendo realizado ontem no Brasil, sustentando que a vitória do
“Não” à proibição do comércio de armas de fogo e munições foi uma forma de
resistência à invasão estatal na vida das pessoas. Além disso, contrapôs-se à
posição da Rede Globo de Televisão nesse pleito e defendeu a consulta popular
para outros temas polêmicos, frisando que processo similar deverá ser realizado
em Porto Alegre, no próximo ano. O Vereador José Ismael Heinen enfocou o
referendo sobre a proibição do comércio de armas de fogo e munições realizado
ontem, exclamando que o resultado desse pleito foi uma resposta do povo à
possibilidade de os cidadãos perderem um direito adquirido. Também, chamou a
atenção para a situação econômica do Brasil, afirmando que o volume de recursos
destinado ao pagamento da dívida pública poderia ser utilizado para o melhoramento
de serviços essenciais à população. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador José
Ismael Heinen, dando continuidade a seu pronunciamento em Comunicações,
referiu-se a análises técnicas sobre a situação financeira do Brasil e defendeu
mudanças na política econômica nacional. Ainda, manifestou-se desesperançoso em
relação à punição dos Deputados Federais acusados de corrupção, mostrando-se
contrário à possibilidade de cassação do mandato do Deputado Federal Onyx
Lorenzoni. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Gerson Almeida teceu considerações
acerca do referendo sobre a proibição do comércio de armas de fogo e munições, aprovando
o interesse no assunto demonstrado pela população e salientando as vantagens de
se realizarem discussões aprofundadas sobre segurança pública. Além disso,
referiu-se às políticas do Governo Municipal em relação a áreas públicas de Porto
Alegre, divergindo da idéia de cercamento de parques e praças na Cidade. O
Vereador Mario Fraga defendeu o posicionamento do Partido Democrático Trabalhista,
contrário à proibição da comercialização de armas de fogo e munições no País.
Também, avaliou políticas públicas desenvolvidas pela equipe do Prefeito José
Fogaça, destacando os Projetos de iniciativa do Executivo Municipal de Porto Alegre
que buscam a regularização de impostos atrasados, incentivo ao esporte e alfabetização
da população. O Vereador Professor Garcia comentou o falecimento do Senhor
Antonio Carlos Guimarães, vítima de atropelamento, criticando a conduta de
motoristas imprudentes no trânsito. Também, comunicou que Sua Excelência agendou
reunião com representantes da Empresa Pública de Transportes e Circulação e de
entidades ligadas ao ciclismo, a fim de debater a questão da segurança ligada
ao esporte e solicitar a colocação de placas alertando a presença de ciclistas
nas pistas. O Vereador Raul Carrion discorreu acerca do 11º Congresso do PCdoB,
realizado em Brasília – DF, e destacou a presença do Presidente da República
nesse evento. Sobre a matéria, informou a aprovação de um novo estatuto e a
realização de eleição para o Comitê Central do Partido Comunista do Brasil,
salientando o crescimento da representatividade dessa legenda e registrando a
presença de delegações internacionais presentes nesse Congresso. Em PAUTA
ESPECIAL, Discussão Preliminar, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Lei do Executivo
nº 026/05, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib, Professor Garcia,
Sebastião Melo e Adeli Sell. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª
Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 283/05, discutido pelo Vereador João
Antonio Dib; em 2ª Sessão, o Projeto de Resolução nº 119/05, os Projetos de Lei do Legislativo nos
262, 274, 275 e 279/05, este
discutido pelo Vereador Adeli Sell, os Projetos de Lei do Executivo nos
021/05, discutido pelo Vereador Carlos Todeschini e pela Vereadora Sofia
Cavedon, e 025/05, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Carlos Comassetto;
em 3ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 247/05, o Projeto de Lei do Executivo nº 024/05, discutido pela Vereadora
Sofia Cavedon. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Manuela d’Ávila avaliou o
resultado do referendo realizado ontem no País, acerca do artigo 35 da Lei
Federal nº 10.826/03, afirmando que essa consulta à população sobre textos
legais é um exemplo concreto do amadurecimento da democracia brasileira. Ainda,
prestou homenagem póstuma ao Professor Antonio Carlos Guimarães, da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, falecido anteontem. O Vereador
Carlos Todeschini manifestou-se acerca do Encontro Municipal do PT, promovido
no dia vinte e um do outubro do corrente, e do 11º Congresso Nacional do PCdoB,
a ocorrer de vinte e três a vinte e nove de outubro do corrente. Também, chamou
a atenção para risco de desabamento de uma rocha no Bairro Lomba do Pinheiro e
formulou indagações quanto às verbas do Banco Interamericano de Desenvolvimento,
destinadas ao Município para o ano de dois mil e seis. O Vereador João Antonio
Dib reportou-se ao pronunciamento de hoje do Vereador Carlos Todeschini, em
Comunicação de Líder, apoiando Pedido de Providências referente a riscos
vivenciados por moradores do Bairro Lomba do Pinheiro. Igualmente, aludiu aos recursos
liberados à Cidade pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, questionando
as políticas econômicas vigentes em Porto Alegre no período em que o Partido
dos Trabalhadores dirigiu o Governo Municipal. A Vereadora Clênia Maranhão
comentou o perigo representado pela possibilidade de desmoronamento de uma rocha
no Bairro Lomba do Pinheiro, conforme informação do Vereador Carlos Todeschini.
Ainda, comentou contrato firmado pelo Município com o Banco Interamericano de
Desenvolvimento, para financiar a construção da III Perimetral e a forma como
estão sendo implementadas mudanças no Departamento Municipal de Água e Esgotos,
previstas nesse contrato. O Vereador Luiz Braz citou dados da participação
popular no referendo ocorrido ontem no País, com relação ao artigo 35 da Lei
Federal nº 10.826/03, lembrando que mais de oitenta por cento da população
gaúcha votou contrariamente a esse dispositivo legal, que previa a proibição do
comércio de armas e munições. Também, desaprovou a atuação do Senhor Luiz
Inácio Lula da Silva como Presidente da República, contestando, em especial,
viagens ao exterior efetuadas por esse político. A seguir, constatada a existência
de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal de
autoria do Vereador Elói Guimarães, aditado pelo Vereador Mario Fraga,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia, de acordo com o definido em reunião realizada hoje entre a Mesa Diretora e
o Colégio de Líderes. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de
Lei do Legislativo nº 003/05, com ressalva da Emenda nº 01 a ele aposta, por
vinte e cinco votos SIM e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo
Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Adeli
Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo,
Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Ervino Besson, Gerson
Almeida, Ibsen Pinheiro, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Márcio
Bins Ely, Margarete Moraes, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki,
Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia
Cavedon e
optado pela Abstenção o Vereador João Antonio Dib. Foi aprovada a Emenda nº 01
aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 003/05. Na ocasião, em face de
Questão de Ordem formulada pelo Vereador Sebastião Melo, o Senhor Presidente
prestou informações acerca do teor do Projeto de Lei do Legislativo nº 003/05.
Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
122/05, após ser discutido pelo Vereador Paulo Odone. Em Discussão Geral e
Votação, foram aprovados o Projeto de Resolução nº 121/05 e a Emenda nº 01 a
ele aposta. Após, foi aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Elói
Guimarães, solicitando votação conjunta dos Projetos de Lei do Legislativo nos
077, 134, 144, 158 e 168/05, constantes na Ordem do Dia de hoje. Em Discussão
Geral e Votação, foram votados conjuntamente e aprovados os Projetos de Lei do
Legislativo nos 077, 134, 144, 158 e 168/05. Em Discussão Geral e
Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 100/05, por
vinte e sete votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli
Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói
Guimarães, Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel,
José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete
Moraes, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki, Mônica Leal,
Paulo Odone, Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação
Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 187/05, por vinte e
cinco votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell,
Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, João
Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila,
Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Maurício
Dziedricki, Mônica Leal, Paulo Odone, Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon.
Em Discussão
Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
217/05, por vinte e oito votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli
Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart,
Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib,
João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins
Ely, Margarete Moraes, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki,
Mônica Leal, Paulo Odone, Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação
Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 219/05, por vinte e
seis votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell,
Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto,
Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elói Guimarães, Ervino Besson,
Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz
Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Mario Fraga,
Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki, Mônica Leal, Paulo Odone, Raul
Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 245/05, por vinte e oito votos SIM, tendo
votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir
Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio
Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo
de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael
Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Mario
Fraga, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki, Mônica Leal, Paulo Odone,
Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados
os Projetos de Resolução nos 115, 118, 122 e 126/05. Às dezoito
horas e onze minutos, o Senhor Presidente informou que nada mais havia a tratar
e encerrou os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão
Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos Vereadores Elói Guimarães e Aldacir Oliboni e secretariados
pelo Vereador Nereu D'Avila. Do que eu, Nereu D'Avila, 1º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída em avulsos e
aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães):
Estão abertos os trabalhos da presente Sessão.
O
SR. PROFESSOR GARCIA (Requerimento):
Sr. Presidente, solicito um minuto de silêncio pelo falecimento do Professor de
Educação Física, Antônio Carlos Stringhini Guimarães, ocorrido nesse sábado,
vítima de atropelamento. Ele foi Diretor da Faculdade de Educação Física da
UFRGS, atualmente era Pró-Reitor de Extensão, com curso de Mestrado na
Universidade Iowa, nos Estados Unidos, e Doutorado na Faculdade de Calgary, no
Canadá.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN (Requerimento):
Sr. Presidente, eu gostaria também de estender esse minuto de silêncio a um
grande porto-alegrense que veio a falecer anteontem, Afonso Luiz Menegon,
primeiro Procurador do Cemitério São Miguel e Almas e Vice-Presidente da
Confederação Sul-Americana de Bocha e Bolão. Foi também uma morte extemporânea,
era um grande porto-alegrense, um líder comunitário. Obrigado.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Sr.
Presidente, eu gostaria de estender esse um minuto de silêncio ao falecimento
de Antônio Demarchi Chula, transportador na Cidade, arquiteto, foi meu colega
no Colégio Júlio de Castilhos, amigo nosso.
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães):
Deferimos os pedidos.
(Faz-se um minuto de silêncio.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães):
Hoje temos o comparecimento do Sr. João Edgar Schmidt, Diretor do Instituto de
Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que falará acerca das
ações comemorativas ao Ano Mundial da Física e da abertura da exposição
itinerante referente ao tema.
Convidamos a integrar a
Mesa o Sr. João Edgar Schmidt, Diretor do Instituto de Física da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul; o Professor César Augusto Zen Vasconcellos,
Pró-Reitor de Pesquisa, que, neste ato, representa o Reitor da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Esta homenagem da Casa ao Instituto de Física do Rio Grande do Sul
e, obviamente, à nossa Universidade Federal do Rio Grande do Sul faz-se no
momento em que o mundo comemora o Ano Mundial da Física, pautado nos cem anos,
a partir de 1905, quando Einstein elaborou as principais teorias da Física que
revolucionaram o mundo. No Ano Mundial da Física, a Ciência lembra os cem anos
dessas teorias revolucionárias.
Em
1905, Albert Einstein produziu uma tese de doutorado e cinco artigos que
mudariam a face da Física. Em 1907, ele dá um passo decisivo rumo à
generalização da sua Teoria da Relatividade Restrita - ou Especial -, publicada
dois anos antes. Em 1915, a Relatividade Geral, uma nova teoria da gravitação,
estava pronta. De 1906 a 1911, Einstein praticamente deixou a Relatividade para
se dedicar à Teoria Quântica. A alternância entre ambas marcaria a sua
carreira. A partir de 1909, Einstein começou a ganhar prestígio. Passou pela
Universidade de Zurique, Universidade Alemã de Praga e retornou para a
Politécnica. Em 1913, aceitou ser membro da Academia Prussuiana de Ciências.
Era, agora, membro da elite da Física alemã. No ano seguinte, seguiu para
Berlim. Foi lá que sua faceta política floresceu. Assinou um manifesto contra a
entrada da Alemanha na 1ª Guerra Mundial.
Logo
depois da Relatividade Geral, apresentou ao mundo um modelo para explicar o
universo e, tão impressionante quanto, um livro de popularização sobre a Teoria
da Relatividade. Em 1916 e 1917, com três artigos, voltou à Teoria Quântica.
Esses resultados seriam a base para a construção do laser, quatro
décadas depois.
A
comprovação histórica da Relatividade Geral, em 1919, tornou Einstein um
fenômeno da mídia. Com a fama, vieram as primeiras manifestações nazistas
contra ele e sua obra. Ameaçou deixar a Alemanha, mas foi dissuadido por
colegas. Resolveu, no entanto, se afastar de Berlim, iniciando um período de viagens
pelo mundo. As homenagens cresceram na mesma proporção dos ataques nazistas. Em
1930, desenvolve intensa atividade em prol da paz. Em 1932, a situação
tornou-se insustentável, e ele resolveu aceitar a oferta para trabalhar nos
Estados Unidos. Ele e a segunda mulher, a prima Elsa, partiram com a intenção
de voltar. Porém sua cabeça foi posta a prêmio por radicais nazistas:
ofereceram cinco mil dólares, e Einstein ironizava, dizendo que o valor era
muito alto por sua cabeça! Nunca mais voltaria à Europa.
Seu
último trabalho importante foi feito em 1925, no qual previu que um aglomerado
de partículas a baixíssimas temperaturas poderia se comportar como um átomo
gigante. Em 1935, já em Princeton, publicou um artigo que punha em dúvida os
rumos tomados pela Teoria Quântica e que foi fundamental para dar fôlego ao
debate que ele e o físico dinamarquês Niels Bohr travavam desde 1927 - e que se
estendeu até a morte de Einstein, em 1955. Nas décadas seguintes, dedicou-se,
sem sucesso, à unificação dos fenômenos eletromagnéticos e gravitacionais. Até
hoje, essa tarefa atormenta a cabeça dos físicos pelo mundo todo.
A
partir de 1945, a Ciência, foco de sua vida emocional, cedia parte de seu tempo
para a militância política. As bombas nucleares lançadas sobre o Japão o
deixaram arrasado. Ficando abalado com o lançamento de duas bombas atômicas
sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, passou, então, a defender uma base
política supranacional para fortalecer a paz mundial. Foi chamado de ingênuo e
atacado por capitalistas e socialistas.
Em
1946, torna-se Presidente do Comitê Emergencial de Cientistas sobre Estudos
Atômicos. Em 1947, desenvolve intensa atividade em prol do desarmamento
mundial.
Einstein
também foi paradoxal: como internacionalista, defendeu a identidade do povo
judeu, mas recusou a presidência do Estado de Israel quando lhe foi oferecida,
em 1952; como pacifista, disse que o nazismo deveria ser enfrentado com armas;
como humanitário, deu pouca atenção à própria família. Não há biografia
definitiva de Einstein e provavelmente nunca haverá.
Mas
a questão importante de hoje é estarmos aqui com o Instituto de Física do Rio
Grande do Sul, que sai da Universidade e vai junto às instituições e ao
Legislativo para popularizar o conhecimento e o desenvolvimento da Física, pois
a Física está presente em todas as nossas ações durante todo o dia e toda a
nossa vida. E Einstein mudou o rumo da humanidade com os seus trabalhos e a sua
persistência.
Nesse
sentido, Sr. Presidente e prezado Professor João Edgar Schmidt, o nosso
agradecimento em nome da Câmara de Vereadores, em nome dos 36 colegas
Vereadores e dos funcionários aqui presentes. O nosso agradecimento ao
Instituto de Física da Universidade, que traz uma exposição magnífica, na
programação em comemoração ao Ano Mundial da Física, à Câmara Municipal de
Porto Alegre, com os seguintes temas: Einstein na América Latina, Gravação
Magnética, Astrofísica, Raios Catódicos, Física do Diamante, Microeletrônica e
Sensoriamento Remoto.
Também
haverá, no Salão Glênio Peres, no dia 8 de novembro, um Seminário de Física
para os professores de nossa Cidade. No dia 8 e no dia 17 de novembro teremos o
Observatório Itinerante, que à noite estará à disposição para podermos observar
o universo sob o ponto de vista dos avanços que a Física apresenta em Porto
Alegre, para o Rio Grande do Sul e para o Brasil.
Nesse
sentido, Sr. Presidente, concluindo a homenagem da Câmara de Vereadores à
Universidade, ao Instituto de Física, quero dizer que essa exposição será
itinerante na cidade de Porto Alegre, passará por colégios, bairros e vilas,
como também no Interior do Rio Grande do Sul.
O
Sr. Raul Carrion: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Queria, em primeiro lugar,
parabenizar o Ver. Comassetto por essa iniciativa que faz em nome de toda a
Casa e parabenizar o nosso Instituto pelo Ano Mundial da Física. O Instituto de
Física da UFRGS é um dos mais renomados do Brasil, com amplas pesquisas. Por
fim, quero lembrar Einstein, que, num dos seus artigos importantes, conhecidos,
se afirma um socialista. Então, parabéns ao Instituto, pelo Ano Mundial da
Física, e ao Ver. Comassetto, que tomou a iniciativa; falo em meu nome e em
nome da Verª Manuela. Muito obrigado.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Muito
obrigado, Ver. Carrion.
Então,
em nome da Câmara de Vereadores, um abraço ao Instituto de Física e à
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nós queremos
agradecer ao Ver. Carlos Comassetto a brilhante manifestação que fez, tratando
da pesquisa, uma temática extremamente importante.
O Professor
João Edgar Schmidt, Diretor do Instituto de Física da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, está com a palavra.
O SR. JOÃO EDGAR SCHMIDT: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes
da Mesa e demais presentes.) É um imenso prazer e uma honra enorme poder trazer
algumas pinceladas sobre o que a Física faz e o que a Física tem contribuído
para a sociedade.
No dia-a-dia, nós temos em
casa refrigeradores, televisores, rádios, microondas, telefones celulares, e
tudo isso passa absolutamente despercebido pelas pessoas. Isso não é trivial,
mas a gente acaba se acostumando na medida em que vamos convivendo com essas
tecnologias, que têm Ciência embutida numa quantidade enorme. Por que falar
em refrigerador? Por que entender? Mas, dentro do refrigerador, há Física, e
sem a Física aquele refrigerador não funcionaria.
Eu pediria para a Silvana
passar uns eslaides, porque vou tentar mostrar alguns dos impactos - e é uma
amostra extremamente pequena -, do quanto a Física tem contribuído para a
sociedade.
Então, a primeira pergunta
que se faz - por isso está-se comemorando este ano a Física, e se usa o
Einstein como modelo, porque é o nosso homem-propaganda; realmente, tem sido
usado isso de uma maneira bastante pertinente - é: por que Física? Para que
Física? Por que celebrar a Física? A maior parte de vocês provavelmente fez
curso escolar ou universidade e passou por cadeiras de Física. E são cadeiras
maçantes, são chatas! Por quê? De alguma forma, a gente está tentando
transferir o conhecimento que se adquiriu, em termos de acúmulo, por vários
anos de pesquisa, do que é importante, por que são importantes essas coisas
todas.
(É feita a projeção de
eslaides.)
Ali estão listadas algumas
coisas, coisas bem triviais e maçantes, como a força gravitacional, o
eletromagnetismo, a termodinâmica, o movimento uniformemente acelerado, a
conservação de energia. São coisas que aparecem nos livros e que, se não bem
tratadas pelo professor, podem ser realmente muito maçantes. Lei de Newton, Lei
de Max, Lei de Kirchoff, todas leis que foram geradas para tentar entender a
natureza, usar os fenômenos naturais para o nosso benefício, deram-se esses
nomes, e na disciplina vêm essas coisas todas.
Bom,
o reflexo dessas coisas que eu mencionei está na geladeira, nos computadores,
na energia elétrica, nos geradores, automóveis, sensores, televisores, motores,
rádio, tomografia computadorizada, raios X, novos materiais - o que deu um impacto
enorme -, GPS, câmara digital, viagens espaciais têm muito da Física envolvida,
no forno de microondas, e assim vai, a gente pode ir listando, listando,
listando os lugares onde há Física aplicada.
E
ali vocês vêem, por último: “www”, que é a Internet. O que a Física tem a ver
com a internet? Infelizmente, ou felizmente, para nós, é uma ferramenta criada
por um físico, porque ele precisava trabalhar, precisava se comunicar com
outros pesquisadores no mundo todo, mandar e receber dados rapidamente, então
ele inventou a Internet. Para vocês verem bem o quanto o pesquisador e a
pesquisa de Física podem contribuir para dentro do sistema.
(Interrupção
na apresentação dos eslaides, por problemas técnicos.)
O
SR. JOÃO EDGAR SCHMIDT: Desculpem-me
pela interrupção, mas é até interessante falar sobre isto: está aí um ponto em
que a Física tem trabalhado, que é o aumento da durabilidade das baterias do
nosso celular e tudo mais. “Deu pau” porque a bateria não agüentou. Vocês vejam
que a bateria do celular de vocês, hoje em dia, é uma coisa extremamente leve e
que dura bastante tempo. Tudo isso tem pesquisa, tem muito de Física por trás.
Aqui,
rapidamente, algumas situações nas quais a Física está atuando: nos limites
dimensionados da escala nano, ou seja, nós estamos indo para alguns aglomerados
atômicos a fim de tentar fazer novos materiais para as novas tecnologias, e
essa é a nova revolução que vem vindo em termos de tecnologia. Nessa linha, nós
temos os chamados nanotubos de carbono, que são parecidos com supercondutividade,
ou seja, imaginem trazer energia elétrica lá de Itaipu até Porto Alegre sem
praticamente custo nenhum. São os novos tubos de carbono, que são nanométricos,
têm dimensões de alguns átomos de diâmetro e eventualmente podem ser feitos em
comprimento que traga essa energia de longe.
Na
gravação magnética, por exemplo, vocês têm ali o aumento da gravação de dados
no dia-a-dia dos computadores com densidade de gravação cada vez mais densa, e
tudo isso tem a ver com pesquisa, tem a ver com descobrir novos materiais para
conseguir condensar e aumentar essas informações, e aí a Física entra de novo
com muita força.
Aí
se vê uma imagem de alguns átomos que se consegue enxergar hoje em dia quando
se faz uma topografia de uma superfície. Então, há ferramentas com as quais a
gente consegue hoje aglomerar átomos para fazer tecnologias novas, olhar e ver
como é que essa coisa foi montada.
Aí
há um curral atômico. Aqueles “espetinhos” ali são basicamente átomos, e no
meio há os elétrons, que ficam oscilando, isso são novas tecnologias para novos
computadores que estão sendo desenvolvidas.
Isso
é construção de estruturas, átomo a átomo, por exemplo, pegar o átomo e colocar
um em cima do outro para criar nanoesteiras, nanoengrenagens e coisas do
estilo.
Bom,
eu havia comentado sobre a Internet, a descoberta do Tim Berns, que criou a
Internet.
Há uma série de
informações que também podemos comentar com relação ao impacto da Física na
saúde. Por que a Física é importante só para a tecnologia em geral, em casos de
imagens, telefones e tudo mais? Não, na saúde temos um impacto imenso. Então,
vocês vêem ali sobre a imagem: ressonância magnética, tomografia
computadorizada, raios X, tomografia com emissão de pósitron, que Porto Alegre
infelizmente não pode ter ainda, porque o que se tem de tecnologia em Porto
Alegre não é suficiente para instalar um equipamento como esse em Porto Alegre,
mas são equipamentos novos que podem ser altamente benéficos para a saúde.
O próximo eslaide mostra
os impactos, por exemplo, na saúde em relação às neurociências, as técnicas de
imagens funcionais do cérebro, para conseguirmos entender como o nosso cérebro
funciona; a Física pode colaborar com isso fazendo imagens. Nesse eslaide estou
brincando um pouco com Einstein e com o Galileu, ou então com a platéia dos
Vereadores.
Olhando
o cérebro, observando como ele funciona, em locais específicos do cérebro há
atividades eletrônicas ou funcionais em que pode se detectar até a emoção, qual
o lado do cérebro que tem a emoção, qual é o que se manifesta com esse
sentimento e por que isso pode dar problema ou não.
Nessa
imagem, vemos no cérebro um lugar onde há problema de câncer, há um tumor que
foi detectado através da ressonância, técnica desenvolvida por físicos.
Evidentemente,
toda a evolução da Física está no sentido de fazer, cada vez mais, um trabalho
interdisciplinar com a Química, com a Biologia. Então, combinações com DNA, com
fios moleculares, condutores e chaves eletrônicas são coisas que estão no
futuro, não num futuro tão longe, e a
Física está por trás disso.
O
que o Instituto de Física está fazendo é encampando a comemoração deste ano, do
Ano Mundial da Física, para mostrar para comunidade no seu todo por que a
Física é importante, por que a pesquisa é importante, por que é necessário que
o Poder Público apóie a pesquisa. Porque ela é que gera essas coisas
fantásticas que podem salvar vidas, que podem aumentar a comunicação, que podem
fazer até esta demonstração - que até falha num determinado momento -, ela
mostra para vocês a capacidade de comunicação que pode ser gerada através dessa
tecnologia.
Nós
montamos uma exposição que está aqui na Câmara de Vereadores, agradeço
imensamente a Casa por ter recepcionado essa exposição, é um trabalho que
mostra uma parcela do que é o Instituto de Física de Porto Alegre, da
Universidade Federal do Rio Grande faz, e que o trabalho é de primeira linha em
nível mundial. Se vocês quiserem dar uma olhada nos trabalhos que estão
expostos lá fora, vão ficar impressionados com a qualidade do trabalho, ele tem
um nível internacional. Então, agradeço imensamente a oportunidade que a Câmara
proporcionou e, mais uma vez, convido a todos a visitar a exposição. Obrigado.
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Eloi Guimarães): Agora nós queremos oferecer a palavra ao
Professor César Augusto Zen Vasconcellos, que é Pró-Reitor de Pesquisa, neste
ato representando o Reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O SR. CÉSAR AUGUSTO ZEN VASCONCELLOS: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda
os componentes da Mesa e demais presentes.) O Sr. José Carlos Ferraz Hennemann,
Reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, está viajando, está em
Portugal neste momento, ele tenta voltar o mais rapidamente possível a Porto
Alegre, por razões que todos devem saber muito bem, por lerem na imprensa o que
aconteceu no sábado.
Eu
gostaria de agradecer imensamente a homenagem que é feita ao Ano Mundial da
Física e, de certo modo, também ao Instituto de Física da UFRGS e à própria
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A Física celebra cem anos de
descobertas e trabalhos extraordinários de Albert Einstein, que revolucionaram
o nosso modo de ver o mundo, que revolucionaram a Ciência, que revolucionaram o
desenvolvimento científico e tecnológico do mundo moderno, provocando, como
todos sabemos, impactos extraordinários no mundo em que vivemos e repercussões
extraordinárias no que diz respeito ao bem-estar das nossas populações.
Então
agradeço, imensamente, em nome do magnífico Reitor, esta homenagem. E agradeço
também, imensamente, ao Ver. Professor Garcia as palavras em homenagem ao nosso
querido amigo Antônio Carlos Stringhini Guimarães, um entusiasta da Ciência, um
entusiasta do conhecimento, uma pessoa extraordinária em todos os sentidos, que
infelizmente perdemos, no sábado passado, de uma maneira trágica. Como era um
entusiasta extraordinário do conhecimento científico, certamente, se vivo
estivesse, estaria aqui presente nesta homenagem. Ele era uma espécie de
amálgama afetivo dos nossos corações, do nosso dia-a-dia na administração da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Levaremos para sempre a lembrança
desse amigo extraordinário. E quero dizer, repito, que ele era um entusiasta do
conhecimento, um entusiasta da Ciência, tanto que o seu Mestrado reuniu um
pouco da Física com um pouco da Biologia, o Mestrado que fez em Biomecânica.
Obrigado a todos, sinceramente. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nós
estamos encerrando esta parte da Sessão, que nós chamamos de homenagem, mas na
realidade nós tivemos aqui uma verdadeira sala de aula, com eminentes
professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com a presença do
Professor João Edgar Schmidt, que é o Diretor do Instituto de Física da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, e do Professor César Augusto Zen Vasconcellos,
que é Pró-Reitor de Pesquisa, neste ato representando o Reitor da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Por isso queremos cumprimentar o Ver. Carlos
Comassetto e dizer que a Câmara Municipal está de mãos dadas e aberta para a
Universidade.
Estamos
também tendo aqui uma exposição acerca do Ano Mundial da Física por todo o
envolvimento que a Ciência tem no desenvolvimento do mundo, enfim, do País. Não
sei em que tempo estaríamos, se não fosse a Física por meio da Ciência; não sei
em que nível de desenvolvimento estaríamos, talvez estivéssemos mil anos
atrasados, dois mil anos atrasados, não é? Ou o desenvolvimento todo seria
absolutamente inviável.
Portanto,
nós queremos saudar os Professores, queremos também aproveitar para saudar a
Universidade. Encerramos o presente ato, que nada mais é do que uma aula aqui
na Câmara; os Srs. Vereadores e as Sras. Vereadoras tiveram a oportunidade
também de reflexionar sobre questões tão importantes. Portanto, os
agradecimentos da Casa. A Casa está honrada por ter, neste momento, a
Universidade aqui, a área de Física da Universidade, inclusive com um material
sendo também distribuído e com a exposição de Física. Suspendemos os trabalhos
por dois minutos para as saudações. Obrigado.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h41min.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães - 14h42min): Estão reabertos os trabalhos.
Passamos
ao
O
Ver. Elias Vidal está com a palavra em Grande Expediente.
O
SR. ELIAS VIDAL: Sr.
Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
telespectadores que, em suas residências, nos assistem pela TV, pelo Canal 16,
estamos mais uma vez aqui para fazer uma reflexão sobre a prorrogação do
horário para uso das calçadas, pelo comércio, após a meia-noite. Venho fazer
uma reflexão, uma meditação, abrindo o coração e compartilhando com os senhores
esse assunto.
Eu recebi um relatório, e
acredito que muitos dos senhores também o tenham recebido, de um morador da
Cidade Baixa, o Sr. Victor, um residente há 25 anos naquele bairro, inclusive
ele identificou o seu RG e telefone. Leio: “Venho por meio deste modesto
documento expor meus argumentos a V. Sª
contra a ampliação do horário de colocação de mesas em calçadas e recuos dos
bares. Resido há mais de 25 anos no bairro Cidade Baixa e posso dar um modesto
depoimento daquilo que vejo e sinto”. Relatou, então, alguns fatos: “Após a
mudança do Plano Diretor permitindo a colocação de bares noturnos junto a
prédios residenciais, vários fatos se sucederam. O aumento do lixo é
considerável. Existem, com freqüência, lixos dos bares expostos de forma
inadequada em esquinas de outros, gerando a presença de cães e, o pior, de
muitos ratos. Há presença de garrafas e vidros, que muitas vezes são quebrados
e espalhados tanto pelas calçadas, quanto pelo leito da rua. Já tive os pneus
de meu carro furados por cacos de vidro, sem falar que andar de chinelo é algo
muito perigoso! Isso tem a ver com saúde, com qualidade de vida.”
“O
cheiro nas ruas é insuportável devido ao fato de que os freqüentadores dos
bares costumam urinar nas paredes, nos postes e nas árvores. A situação, além
de constrangedora, acarreta despesas com água sanitária, com água, bem como o
conserto de cercas metálicas, uma vez que a urina corrói os metais. Houve o
aumento da criminalidade; a freqüência de venda e do uso de drogas, que antes
era algo inexistente, agora é diário. Se eu abrir a janela que dá para a rua,
estarei drogando-me devido à fumaça que adentra no meu ambiente. A presença de
ladrões, que misteriosamente não são vistos pelos donos de bares, é diária.
Gangues impedem que moradores deixem seus carros na rua. Há a presença de uma
gangue de flanelinhas” - diz ele - “que chega a ter dez pessoas, isso é diário.
Os arrombamentos de carros são facilmente constatados no outro dia pela
presença de vidros quebrados dos próprios automóveis. Desvalorização do valor
do imóvel junto ao bar. As pessoas que vivem junto aos bares têm as suas vidas
martirizadas e o valor do seu apartamento diminuído; quem tenta vender o seu
apartamento, vê-se com dificuldades imensas. Ninguém quer viver sobre um lugar
barulhento.
“Gostaria
que meditassem sobre o meu ponto de vista” - é quase como uma súplica, um
morador, um cidadão pedindo quase que de joelhos. “E, caso não acreditem,
visitem algum dos moradores, venham ver o que acontece à noite. Tenho certeza
de que, após ver o que eu vejo, irão refletir melhor. Frente ao que já existe,
eu me pergunto: a ampliação do horário para o uso de mesas nas calçadas vai
trazer o quê para os moradores, se até hoje não trouxe nada de bom? Ampliar vai
trazer algo de bom aos moradores? Eu concluo que não. Se os bares conseguirem
controlar a algazarra e toda essa problemática, estaríamos dispostos a
conversar, mas isso tem sido um martírio aos moradores”. Atentem para a
expressão que ele usa: “um martírio”.
Diz
mais ainda (Lê.): “Os moradores já cederam muito e nunca viram qualquer
manifestação dos proprietários de bar de assumir os problemas e buscar soluções
eficazes”. Diz ele que, no dia 7 de setembro de 2005, o programa Polêmica, da
Rádio Gaúcha, fez um debate sobre a ampliação do horário para utilização de
mesas em calçadas, o resultado foi o seguinte: de 1.370 ouvintes que opinaram,
16% - ou seja, 219 ouvintes - deram voto a favor da ampliação. O voto contrário
à não-ampliação foi uma soma de 84%, ou seja, 1.151 pessoas ligaram. Uma
diferença de 84% contra 16%, de 1.151 contra 219. Será que isso é uma mera coincidência?
Então,
senhores, este Vereador vem e usa esta tribuna para dizer o seguinte: que nada
pode transpor a saúde e a vida. É legítima a luta de cada um, eu me dou muito
bem com o Ver. Brasinha e tenho uma boa relação com os demais Vereadores, mas o
morador não pode pagar o preço, se nas Administrações anteriores, em quase
vinte anos, não se achou um lugar adequado para que os freqüentadores - aqueles
que querem ficar até à uma, às duas, três, quatro ou cinco horas da manhã -
fiquem de virada. É um direito que eles têm, mas sem perturbar o sono de quem
precisa acordar cedo, de quem precisa levar o filho para o colégio, de quem tem
de enfrentar uma faculdade, de quem tem de enfrentar uma jornada de trabalho.
Ele não pode ser penalizado pelo fato de as Administrações anteriores não terem
planejado, não terem definido um lugar adequado àqueles que querem ficar, de
virada, bebendo a noite toda!
Eu
moro há muitos anos na Cidade Baixa, tenho uma residência na Cidade Baixa;
morei na Av. João Pessoa e na Rua José do Patrocínio, onde tenho uma residência
hoje. Mas antes eu morei próximo à Rua Sarmento Leite, no quarto andar.
Senhores, no 4º andar do apartamento de fundos. Muitas vezes eu acordava às
três horas da manhã irritado, nervoso, e a minha esposa dizia: “Vidal, você vai
ter um infarto, você daqui um pouquinho vai ter um problema, um AVC, você está
nervoso!” Mas que sono uma pessoa pode ter com pessoas bebendo e falando alto?
Todo o mundo sabe que, na madrugada, quando as pessoas começam a beber, elas não
respeitam. Eu tenho dito, provo e faço o teste de Santo Thomé com qualquer um:
visitem, por exemplo, a Lancheria, na Av. Osvaldo Aranha; o Bambus; o Chalaça e
vários outros lugares e vejam se a maioria não são jovens que acordam às três
da tarde, ou ao meio-dia, ou às onze da manhã, e que passam as madrugadas
acordados. São, muitas vezes, alunos que vêm do Interior. Este Vereador
conhece, eu tenho sobrinhos jovens que muitas vezes me pedem: “Tio, tu podes me
buscar?” Eu vou e busco; eu levo e escuto o que eles conversam. Eu sei porque
conheço, inclusive na minha própria família, jovens que são “filhinhos da
mamãe”, “filhinhos do papai”, que não
fazem nada, não somam nada, são uns parasitas que vão acordar às duas, às três
horas da tarde, mas que ficam infernizando a vida das pessoas que querem dormir
e acordar cedo no dia seguinte.
Então, senhores, eu acho que nós precisamos fazer
uma reflexão mais profunda sobre a ampliação do horário, é legítimo. Eu tenho
dito que 22 horas já é horário do silêncio; meia-noite já é um horário
conciliatório. Agora querem empurrar para a meia-noite. Então vamos fazer o
seguinte: vamos transformar a Cidade na “casa da mãe Joana”, ninguém dorme,
ninguém trabalha, ninguém estuda, porque quem não sabe, quem não vê que, quando
a juventude começa a beber, ela começa a gritar nas ruas, a falar alto? E quem
está dormindo nos apartamentos vizinhos ao bar não consegue dormir. Façamos uma
reflexão melhor sobre isso. Vamos trabalhar em cima de um planejamento.
O Centro da Cidade está vazio, morto. Vamos
trabalhar no sentido de deslocar e tirar esse movimento barulhento, que a meu
ver não soma, porque, se alguém quiser beber, que beba dentro do bar, com o bar
fechado. Ninguém está proibindo de beber, ninguém está proibindo o bar de abrir.
Então, que o bar feche as portas, e, lá dentro, se o indivíduo quiser gritar,
que grite; se quiser passar a noite toda bagunçando, que pegue um engradado de
cerveja e o leve para a sua casa, para a sala ou para a garagem, leve os
amigos, e aí vamos ver se os vizinhos vão permitir que você, como dono da casa,
faça algazarra e não deixe ninguém dormir. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver.
Maurício Dziedricki está com a palavra em Grande Expediente, por cedência do
Ver. Elói Guimarães.
O SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Exmo
Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos
assiste nas galerias e pela TVCâmara, por cedência de tempo do meu querido
companheiro Ver. Elói Guimarães, utilizo este Grande Expediente para fazer
também uma reflexão sobre a repercussão do Referendo do dia 23 de outubro, que
tratou do tema disposto no Estatuto do Desarmamento, sobre o Sim ou Não à
comercialização de armas e munição.
O que nós constatamos foi uma verdadeira motivação
do povo brasileiro em participar, em decidir, em contribuir com essas questões
que se refletem diretamente na vida da população. Eu, por mais de uma vez, usei
esta tribuna para me posicionar favorável à manutenção, contribuindo com a
Frente que defende a questão da legítima defesa do cidadão de bem, do cidadão
que tem o cuidado e, por muitas vezes, o registro, nos termos legais, do porte
de arma, da sua condução dela, defende a manutenção de um dos instrumentos para
defesa do seu patrimônio, uma vez que o Estado não é onipresente. E, não sendo
onipresente, fazem-se necessários, sim, instrumentos particulares para a defesa
da sua população, da sua família, da sua casa.
Nós, em especial os Vereadores, os Parlamentares
que têm uma afinidade, aqueles que conhecem o palco da política, ontem,
constatamos uma realidade nos colégios eleitorais: a participação e o interesse
das pessoas em decidir, sim, os caminhos que o nosso Governo deve seguir. E uma
das realidades aqui do Rio Grande do Sul foi justamente a ampla maioria
favorável à não-proibição do comércio de armas. Nós temos um Estado que tem o
maior índice de armas por domicílio, uma para cada dez habitantes, e ainda
assim nós não despontamos na frente das estatísticas como o Estado que mais
mata, mostrando a civilidade do nosso povo gaúcho. Eu quero registrar os 85%
que nós tivemos pela não-proibição do comércio de armas. Não como uma grande
valia àqueles que usam e abusam dos argumentos sentimentais desse Referendo,
mas eu gostaria de registrar, sim, a garantia de um povo que é consciente,
baseando-me nesse arcabouço de sermos os mais armados e, no entanto, não sermos o povo que mais mata!
A
intenção desse Referendo e dessa Frente Pró-Legítima Defesa nunca foi a de
deixar de discutir aquelas mortes fúteis provocadas por brigas dentro de casa,
por brigas no trânsito. Nós sempre tivemos a intenção de discuti-las. E uma das
iniciativas que esse Referendo trouxe, de forma concreta, foi justamente a de
analisarmos o problema do comércio de armas enquanto problema de ações de
Segurança Pública.
Eu
lembro que a revista Veja foi criticada em inúmeros meios de comunicação por
lançar, em determinada edição, sete razões para votar pelo Não. Eu quero trazer
aqui a revista Veja desta semana, que traz sete razões para tratarmos, com
ações concretas, políticas contra a criminalidade. (Exibe a revista.) Eu vou
ressaltar algumas delas. Eu considero que esse referendo há de trazer proveito.
Foram gastos 250 milhões de reais, e houve
toda uma massa que foi divulgada através da imprensa, muitas vezes, de
maneira equivocada, de maneira sentimental, que em nada contribuiu com a
definição de um Referendo que visava instrumentos e canais de coerção não
somente em relação às mortes, mas, fundamentalmente, em relação ao problema da criminalidade.
E
uma das primeiras opções se dá com a construção de alternativas de lazer e
profissão aos jovens pobres, esse estrato social que tanto é carente em medidas
educacionais, que faz uso de instrumentos, através da criminalidade, para
aumentar seu teor, para aumentar sua renda, ou até mesmo para trazer um
pouquinho de esperança para sua família, sendo o jovem criminoso, muitas vezes,
o arrimo da casa.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Obrigado, Ver. Maurício. Para nossa satisfação, para satisfação do
povo do Rio Grande do Sul - e aproveitando para registrar a vitória do Não -, o
nosso Estado foi o que mais votou pelo Não, com um resultado de 86,83%.
Mas
o que mais me chamou a atenção - e isto, sim, é louvável, não porque ganhamos -
foi que o Rio Grande do Sul teve o menor índice de abstenção do País, foram
17,12%. Então, acho que isso é louvável para nós, gaúchos. Obrigado, Vereador.
O
SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Pela
conscientização política.
A
Sra. Mônica Leal: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Maurício, quero
cumprimentá-lo, uma idéia muito boa a sua de ressaltar o resultado desse
Referendo. Quero registrar aqui que com o resultado do Referendo,
principalmente no Rio Grande do Sul, fica clara a constatação de que o povo
brasileiro não se deixa convencer por uma propaganda apelativa, enganosa,
emocional, popularesca, porque a forma como foi colocada a pergunta tinha o
intuito de enganar o povo. O resultado foi um recado para o Congresso e para o
Governo Federal. Eu registro aqui porque fomos os Vereadores que trouxeram esse
tema, debatemos profundamente, e é motivo de comemoração para o Estado do Rio
Grande do Sul o resultado dessa votação. Muito obrigada.
O
Sr. Claudio Sebenelo: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Dziedricki, com perdão
pelo aparte, quero só lhe dizer o seguinte: é muito interessante esse tipo de
argumento quando o Não teve uma propaganda absolutamente distante da matéria.
Era só o volume de Nãos, nada mais do que isso. Eles brincaram com isso o tempo
inteiro. Por fim, faço a seguinte pergunta: quer dizer que, de agora em diante,
temos segurança?
O
SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Com
essa pergunta é que temos de nos preocupar, tanto aqueles que são Parlamentares
da defesa do Sim, quanto os do Não, porque não basta somente sustentar
políticas ou marketing, porque não tem eficiência. E o que o Ver.
Sebenelo registra aqui é um dos argumentos que foram conduzidos de maneira
equivocada tanto pela Frente Parlamentar que defendia o Não, como
principalmente por aquela que defendia o Sim, que não teve o êxito esperado,
aquele êxito prolatado desde os primeiros momentos.
E
a medida que deve ser um ato contínuo a esse Referendo é justamente aquela que
a revista Veja traz: políticas de combate à criminalidade. Eu ressalto algumas
delas, como a de prender o criminoso e deixá-lo preso, coisa que não aconteceu
naquele exemplo da jovem advogada que foi vítima de um assalto na Av. Protásio
Alves: uma semana depois de preso, o criminoso encontrava-se na rua. Um outro
dado importante é justamente um exemplo já ocorrido em São Paulo: o fechamento
dos bares mais cedo naquela comunidade mais carente, o que reduziu, em Diadema,
mais de 65% das mortes - aquelas que a Frente Parlamentar do Sim defendia.
Eu
quero elencar algumas das outras atividades que nós, Vereadores, tanto os
correligionários do Sim, quanto os do Não, devemos assumir: o aparelhamento e
treinamento da Polícia, aumentar a eficiência da Justiça, combater o consumo de
drogas, acabar com a corrupção policial através de ações afirmativas.
O
Sr. Claudio Sebenelo: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Havia um treinador do
Internacional, na década de 40 para 50, que instruía os jogadores assim: “Rumo
às redes!” Que coisa boa, não é? Só que há uma coisa: como combater a droga?
Ninguém sabe disso, os especialistas não sabem. Essa é a questão. Pelo Projeto
atual, adotando o Não, vamos armar toda a população - vamos fazer exatamente o
contrário - e declarar a guerra civil, já que existe uma guerra civil
não-declarada, fazendo, de acordo com as estatísticas, com que o próprio
desarmamento seja uma solução e um dos itens da questão, talvez, dos mais
importantes!
O
SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Ver.
Sebenelo, eu acredito que não é esse o caminho, e V. Exª aqui apela para esse
lado sentimental.
O
Sr. Claudio Sebenelo: Não
é sentimental, é estatístico!
O
SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Sentimental
da guerra civil. Eu acredito, sim, que, em vez de termos 250 milhões de reais
revertidos única e exclusivamente para o Referendo, nós poderíamos ter
acrescido àquela verba de Segurança Pública do Governo Federal, que foi apenas
de 177 milhões de reais. Isso é medida de ação afirmativa de política de
segurança, ou seja, nós temos que buscar, sim, o foco através de uma associação
da sociedade, não somente optar entre o Sim ou Não - isso é tão fácil, foi
feito nesse domingo. O que nós devemos entender é a responsabilidade que o
Estado tem, porque o Estado se omite, e, omitindo-se, nós temos que ter, e está
assegurado pelo Referendo, direito à
legítima defesa.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O
Ver. Ervino Besson está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ERVINO BESSON: Ver.
Elói Guimarães, Presidente desta Casa; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e também pelo Canal 16,
TVCâmara, eu queria saudar a todos.
Em
nome da Bancada do PDT, Partido Democrático Trabalhista, afirmo que estamos de
alma lavada, com todo o respeito à população que foi às urnas no dia de ontem e
votou Sim, mas o Brasil deu uma prova em todos os seus Estados onde o Não
ganhou. Portanto, acredito, meus caros colegas Vereadores e Vereadoras, que o
primeiro passo para uma mudança foi dado no dia de ontem, e o segundo passo
será dado no próximo ano, quando vamos ter eleições extremamente importantes
para o destino deste País.
Em
todos os debates de que participei defendendo o Não, que é a decisão do meu
Partido, graças a Deus, a população conseguiu entender o nosso recado.
Ver.
Claudio Sebenelo, como eu já disse há pouco, respeito muito V. Exª como
Vereador, como médico, que está aí para salvar vidas, mas o senhor está
extremamente equivocado, Vereador; o Brasil deu testemunho disso. O povo
brasileiro foi às urnas, depois de uma grande mídia que tentou colocar na
cabeça do nosso povo que o Sim seria a solução para a segurança deste nosso
País, mas o povo assim não entendeu.
Agora,
meus caros colegas Vereadores, que chato para esses nossos artistas de renome
internacional, que viajam pelo mundo fazendo as suas apresentações, que vão com
seis ou dez seguranças fortemente armados.... Eles foram à televisão fazer
propaganda, de forma aberta, clara, defendendo que a população votasse Sim, mas
a população assim não entendeu!
Eu
fui a uma Audiência Pública, como painelista, na Assembléia Legislativa. O
Deputado Schneider, proponente daquela Audiência, passou a palavra a um cidadão
que estava representando um Deputado, ele defendeu o Sim de forma eloqüente e
profunda, mas este Vereador sabe que o Deputado que ele representa possui porte
de arma. É querer explicar à população o inexplicável. Que chato - não é? - uma
grande rede de comunicação que, no início, foi amplamente favorável ao Sim,
depois, tentar reverter o quadro no final e não conseguir! Que chato essa rede
querer defender uma coisa e depois mostrar o contrário para o povo: mostrar ao
povo uma novela com bangue-bangue, com homens e mulheres armados até os dentes.
Que chato, não é, gente?! Muito chato isso! Um veículo de comunicação de grande
penetração, que vai até a residência do nosso povo, querer defender uma coisa
para que o povo dê uma resposta ampla em todos os Estados deste nosso País!
Quero
parabenizar - acho que merece, faço em meu nome e em nome de grande parte
desses nobres e queridos colegas Vereadores e Vereadoras - o nosso jornalista
Paulo Sant’Ana pela sua coluna. Coerência! Coerência, Ver. Sebenelo e meu caro
Presidente, é sabedoria! Mas receba aqui, meu caro comunicador Paulo Sant’Ana,
o nosso abraço fraterno, o nosso abraço muito profundo, com muita gratidão.
E, para encerrar, eu
também queria dizer que, no meu último debate, fui um dos painelistas, na
semana passada, lá no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com o Dr. Arauz,
que foi o mediador do programa, um excelente programa. Também estavam ali os
nossos estudantes, os nossos futuros homens, que talvez estarão aqui neste
plenário, no Palácio Piratini, na Assembléia Legislativa, enfim, e eles entenderam
perfeitamente o nosso recado. Portanto, o Brasil está de parabéns!
Como eu já disse, meu caro
Presidente, o primeiro passo foi dado para a mudança deste País, e o segundo
passo vai acontecer nas eleições do próximo ano, e nós vamos tirar este País -
se Deus, nosso Senhor, quiser - dessa vergonha que anda acontecendo, desse
atoleiro em que o País vive, porque o nosso povo não merece. Sou grato a Vossa
Excelência. Sr. Presidente!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Passamos às
O
Ver. Ibsen Pinheiro está com a palavra em Comunicações.
O SR. IBSEN PINHEIRO: Sr. Presidente, eu gostaria de festejar a
vitória do Não, mas não vou fazê-lo; vou fazer uma análise que penso servir a
todos nós, independentemente das posições que tenhamos tomado.
Não
acho que a grande votação do Não tenha estado, necessariamente, vinculada ao
direito de armas ou ao desejo de ter armas. Se alguns votaram com essa
sensibilidade, provavelmente é minoria; acho que todos nós sentimos que se
montou uma grande coligação em nosso País que buscou fazer da palavra Não o
vetor de uma resistência à invasão estatal na vida das pessoas. Há uma
tendência autoritária que surge nos nossos momentos democráticos. Decidimos que
é preciso usar o cinto de segurança porque é bom para o usuário. Tem que usar o
capacete. Agora, até mesmo o namoro, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, foi invadido pela estatal. Depois de seis meses, o namoro vira
união estável, sem sequer ser discutida a relação. É um “invasionismo” constante,
crescente, e eu acho que esse sentimento extravasou, e o povo brasileiro fez
uma aliança silenciosa. Imaginava-se que seriam 75% de votos Sim; foram 65%,
quase dois por um, de votos no Não. Eu acho que essa foi uma lição civilista do
povo brasileiro. Civilismo não por oposição ao militarismo, como na campanha de
1910, mas por oposição ao estadismo. O cidadão quer ser dono da sua própria
decisão e com o direito de ter arma. Um outro direito se conquistou ontem
também: o direito de não ter armas, porque, se passasse a proibição, seria mais
uma obrigação imposta pelo aparelho estatal. Agora o cidadão tem o direito de
optar por não ter armas em casa. Esse é o estado democrático em que só as
questões cruciais justificam a intervenção.
Nós
temos um Estado obeso e lento, imenso e intrometido. O novo Estado que queremos não é abúlico nem ausente, mas enxuto, para
que possa ser enérgico. Algumas lições ficaram, Sr. Presidente; a Rede Globo já
deveria ter aprendido na campanha das Diretas: Ibope não é tutela! E, lá na
campanha das Diretas, não esqueçam que a Globo descreveu o primeiro comício da
Praça da Sé como uma festa no aniversário da cidade de São Paulo. Depois,
rendeu-se e aderiu à campanha com um entusiasmo ímpar. Agora, mais uma vez,
confundiu-se Ibope com tutela. E o povo brasileiro rejeitou a idéia de ser
tutelado.
Por isso, Ver. Claudio Sebenelo, na medida em que
respeito a sua opção pelo Sim, acho que podemos caminhar nesta faixa comum: o
povo brasileiro manifestou-se pela preservação do seu direito de decidir,
especialmente em questões que são quase que de foro íntimo. E acho que esse
Referendo pode também ser um passo e um caminho para novos referendos e,
também, plebiscitos. Temos aí questões mais restritas, menos complexas. Quem
sabe, por exemplo, o aborto possa ser objeto de uma manifestação plebiscitária?
É uma idéia que já está em todas as cabeças. Na nossa cidade de Porto Alegre,
teremos oportunidade - é uma conclamação que faço aos meus Pares - de fazer, no
ano que vem, um plebiscito sobre o cercamento dos parques, com uma cautela: fui
aconselhado que o façamos no próprio dia da eleição, a custo zero. E bom será
que, junto com as eleições municipais ou gerais, a cada dois anos, nós tenhamos
uma pauta de matérias dessa natureza, para que possamos, até mesmo
voluntariamente, depois do voto obrigatório, responder, na mesma urna
eletrônica, se queremos participar de um plebiscito municipal ou estadual sobre
um assunto de interesse local. É a aproximação da democracia do povo sem que
vulneremos a democracia representativa que se destinará a definir os grandes
rumos da nacionalidade. E as questões pontuais podemos levá-las diretamente ao
povo brasileiro, porque ele demonstrou, mais uma vez, que sabe escolher. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra em Comunicações.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente, Ver.
Elói Guimarães; nobres colegas Vereadoras, nobres colegas Vereadores, que esta saudação
seja em nome dos que votaram no Não, respeitando os que votaram no Sim. Na
minha concepção, houve um grito de liberdade contra a usurpação dos direitos do
povo. Era somente este o comentário que eu queria fazer sobre a eleição, muito
feliz por ter sido esse o pleito, como bem poderia ter sido derrotado.
Sr.
Presidente, nobres Vereadores, eu começo meu discurso em Comunicações falando
no “ministério dos juros”, porque acho que nós não temos mais Ministério da
Fazenda, mas um “ministério dos juros”. Quem não sabe que a dívida pública hoje
é a grande vilã da Economia brasileira? Três anos se passaram, está para se
concluir o atual Governo, nobre Ver. Ervino Besson, sob a batuta do Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, e qual a
situação fiscal do Brasil? Conforme publicou a revista ISTOÉ, são 153,7 bilhões
de reais de juros por ano! Entre janeiro e agosto, foram pagos 105,7 bilhões de
reais de juros, que correspondem a 7,5%
do PIB. É um aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano passado.
Num País de tanta desigualdade social, o que está
sendo gasto com juros faz falta e poderia ser canalizado para diversos
programas sociais. Em nível comparativo, vejamos: os 153,7 bilhões de reais
previstos para o pagamento de juros deste ano dariam para fazer sabem quantos
Fome Zero, previstos em dinheiro para essa demagogia do Programa Fome Zero?
Treze programas!
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome tem um orçamento de 17 bilhões este ano, e a verba que envolve o Programa
Fome Zero é praticamente um décimo dos 105,7 bilhões de reais de juros pagos
até agosto. Com esse dinheiro, engolido pelos juros, seria possível recuperar
todas as rodovias brasileiras pelo menos sete vezes. Pergunto: qual a quantia
que sobra para investimentos públicos? O que sobra, se pagamos 153,7 bilhões de
reais só de juros da dívida interna? A quantia é irrisória!
Em 2004, foram aplicados 10,5 bilhões de reais,
valor inferior a 1% do PIB; em investimentos, neste ano, a previsão é de 11,4
bilhões, mas até agora muito pouco foi liberado, haja vista o problema da febre
aftosa; um por cento apenas foi liberado, e estamos aí na iminência de termos
as nossas exportações de carne sucateadas pelo desleixo administrativo.
Grosso modo, meus Parlamentares: pagamento
dos juros da dívida pública, 7,5% do PIB de janeiro a agosto; investimento
público para o ano 2005, pouco mais de 1% do PIB também. Segundo os analistas,
mesmo com superávit primário recorde de 78,9 bilhões de reais até agosto, o
Brasil não consegue equilibrar seus custos. É aí que eu quero chegar: esse
superávit, que é decantado pelos economistas, pela mídia de hoje, de 6% nos
rende 78 bilhões de reais, mas a nossa dívida de juros neste período é de 105
bilhões de reais. Quer dizer, precisamos de mais 20 bilhões de empréstimo
externo para cobrirmos o sofrimento de não termos estrada, de não termos saúde,
de não termos investimentos sociais. O responsável por esse buraco monstruoso
nas contas públicas - todos nós sabemos - são os juros exorbitantes, hoje na
casa dos 19%, os mais caros do mundo. Quem lucra com essa situação? Segundo a
reportagem, 80% da dívida brasileira está nas mãos de 20 mil famílias apenas.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Vereador, o seu tempo está esgotado.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Sr.
Presidente, solicito Comunicação de Líder.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Obrigado.
Os economistas apontam dois caminhos para a redução
da nossa dívida: primeiro, diminuir o valor da dívida, solução quase
impossível, pois o País continua gastando mais do que arrecada. Quer dizer,
para diminuir o valor da dívida, teríamos que gastar menos do que arrecadamos
ou aumentar o PIB em maior proporção, difícil pelo tímido crescimento econômico
de hoje, de 3% a 4%,
enquanto a Argentina, quebrada anos atrás, está em 7% a 8 %. Como o País é
deficitário, tem de buscar financiamento no mercado, pagando altos juros.
“Contas que não fecham”, diz a reportagem. O resultado do superávit primário,
de janeiro a agosto, é de 78,9 bilhões de reais; e o pagamento de juros
internos, repetindo, é de 105,7 bilhões de reais, há um déficit de 26 bilhões
de reais. O Governo precisou financiar para pagar suas contas.
Mas,
afinal, existe solução para essa situação fiscal do Brasil? Segundo alguns
economistas, sim. É urgente que o Governo faça uma mudança no modelo econômico
vigente. A receita é adotar uma política fiscal restritiva, cortando-se gastos
do Governo e, ao mesmo tempo, impostos para segurar a inflação, e o principal:
relaxar a política monetária, baixar os juros, permitindo o crescimento,
permitindo mais emprego para a nossa população.
Pergunto:
qual a parcela de contribuição de cada cidadão brasileiro? É a de protesto e
resistência a essa política econômica adotada. O pagamento de juros da dívida
pública está distante da realidade do operário e da dona-de-casa, Verª Neuza.
Cabe a nós, cidadãos formadores de opinião, responsáveis perante os nossos
eleitores, conscientizarmos e alertarmos a população sobre esse caos econômico
brasileiro, para que o povo saia às ruas não só para reivindicar melhores
salários, saúde e educação, mas que ele tenha consciência de que o protesto,
para a queda da taxa de juros, é fundamental também. Talvez possa ser esse o
nosso próximo Referendo.
E
queria também trazer, para registro desta Casa, que, enquanto o tempo passa,
seguem no nosso Congresso as manobras,
os “mensalões”, os “mensalinhos”. Estamos a notar, e eu convictamente partilho
disso, que parece que a coisa, já disse da outra vez, vai virar em pizza. Enquanto o tempo passa, seguem no
Congresso as manobras da “tropa de choque” petista e de seus aliados para
salvar da cassação José Dirceu, além dos companheiros Deputados que já foram
denominados jocosamente de “gangue dos cinco”. Assim, no saldo final das
CPIs, é capaz de restarem apenas dois cassados dentre todos os que estão
envolvidos na corrupção política do País: Roberto Jefferson, que, se cometeu
erros, foi o único a falar a verdade, e talvez o brilhante e combativo Deputado
do PFL, um gaúcho, Onyx Lorenzoni, que corajosamente levantou uma ponta do véu
de falsa vestal de José Dirceu, que já havia assinado uma confissão de culpa,
quando obedeceu prontamente a ordem de Roberto Jefferson para deixar rapidinho
seus imensos poderes governamentais.
Prezados
Pares, concluo lembrando as palavras de Pontes de Miranda: “Sem liberdade de
pensamento, sem liberdade de emiti-lo, não há Poder Legislativo que possa
representar, com fidelidade e coragem, os interesses do seu povo.” Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O
Ver. Gerson Almeida está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo
da Verª Maria Celeste.
O
SR. GERSON ALMEIDA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, hoje, um dia depois do resultado do primeiro
referendo que foi realizado em nosso País, eu acho que é de extrema importância
saudar, independente de ter vencido a opinião que era contrária a minha, a
grande afluência que houve às urnas do País inteiro para depositar a opinião sobre
esse tema.
O
SR. GERSON ALMEIDA: Agradeço o seu aparte, que colaborou com a
minha intervenção, mas peço a vênia de V. Exª para dizer que, realmente, são
dois temas distintos. Acho que nós temos de saudar o Referendo, e cada vez que
a gente tem a possibilidade de ouvir a
população isso deve ser saudado e não refutado. Acho que a democracia não é um
gasto, até porque, Vereador, peço a sua atenção, esse discurso bate
contra este Parlamento. Muitas vezes há campanhas dizendo que Vereador,
Parlamentar, Deputados gastam muito, logo, quem sabe, a gente pode usar esse
dinheiro em outras coisas... Acho que o gasto com a democracia não é ruim para
a Nação.
Eu
queria, nestes poucos segundo que me restam, anunciar um assunto que quero
tratar, se tiver possibilidade, que é a transformação que estou sentindo, de
parte do Poder Público Municipal, da política em relação às áreas públicas. Há
uma escalada de cercamento das áreas públicas, dos parques de Porto Alegre que
me parece que demonstra uma mudança substantiva, a meu juízo, contrária àquele
desejo expresso até então pela população. Mas, como não tenho mais tempo, vou
tratar desse tema num outro momento, com mais tempo, porque me parece que há,
de fato, uma posição crescente de cercamento de parques. Há Projeto tramitando
na Casa propondo que as novas áreas não tenham de passar pelo plebiscito para
serem cercadas, há também manifestação do próprio Executivo no sentido da
vontade de cercar outros parques da Cidade, inclusive cobrando ingresso dos
munícipes. Parece-me ser um tema que precisa ser bastante aprofundado e
discutido não só aqui dentro como com a sociedade, e pretendo fazer isso
oportunamente. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Mario Fraga está com a palavra em
Comunicações.
O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, telespectadores que nos assistem pelo Canal 16 da
Câmara Municipal de Porto Alegre, em primeiro lugar eu gostaria de referendar
aqui as palavras do Ver. Ervino Besson, que falou na Liderança do PDT sobre a
nossa tomada de posição, desde o início da campanha, pelo Não. Obrigado, Ver.
Ervino, e parabéns a todos nós do PDT, que optamos pelo Não, somos democráticos
em aceitar o resultado...
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Mario Fraga, eu peço perdão a V. Exª , eu me esqueci de
avisá-lo que o tempo de Líder era de V. Exª hoje, e V. Exª me cedeu esse tempo
muito gentilmente para que eu falasse em nome do PDT. Agradeço a Vossa
Excelência.
O SR. MARIO FRAGA: Obrigado, Vereador, e foi em nome do PDT,
com certeza.
Venho
a esta tribuna para tratar de diversos assuntos, em especial para trazer,
perante os nobres Parlamentares e perante aqueles nos assistem pela TV Câmara,
os Projetos que a Cidade tem e que o Governo Fogaça está implementando.
Quero
referendar que o processo começou no Departamento Municipal de Água e Esgoto, o
DMAE, neste último fim de semana, na Vila Asa Branca, onde 110 mil famílias
estavam com as suas contas de água atrasadas, e elas começaram um processo de
regularização. Só numa vila em Porto Alegre havia mais de 100 mil contas em
atraso. Esperamos que esse dinheiro comece a entrar no DMAE para que consigamos
fazer mais obras de expansão de água e de rede de esgoto, áreas ainda tão
deficientes no País.
No
que diz respeito à Secretaria Municipal da Fazenda, também temos o Projeto que
está em vigor, com validade até o dia 30 de dezembro.
Então,
é mais um alerta aos nossos ouvintes e telespectadores que querem regularizar o
IPTU e o ISSQN. Esse projeto da Câmara Municipal, Ver. Ervino, tem uma validade
restrita, é apenas para estes três meses: outubro, novembro e dezembro. Que
nós consigamos, Vereadores e
assessorias, avisar as pessoas que estão em débito com o IPTU, ISSQN e ISSS,
para que possam tentar resolver os seus problemas na Secretaria Municipal da
Fazenda.
Também
chegará a esta Casa - já está em andamento - o Projeto do ITBI, para o qual o
Executivo pegou grande parte das idéias do Ver. Bernardino Vendruscolo, que
apresentou um Projeto nesta Casa, e o Executivo, nas suas justificativas, ainda
menciona a ajuda que o Ver. Bernardino deu ao nosso Município com o seu
Projeto.
Também
neste fim de semana, para nossa satisfação, para nossa alegria, Ver. Elói Guimarães,
Presidente desta Casa, o Ver. João Bosco Vaz, da Secretaria Municipal de
Esportes, junto com a FASC, colocou em operação o Bonde da Cidadania, Projeto
em favor do qual já haviam sido feitas várias tentativas no inicio do ano, e,
agora, no fim de semana, ele começou a funcionar. Nos próximos dias essa
operação ocorrerá duas vezes por semana, podendo ser aumentadas para três
vezes, sendo realizada mais nos finais de semana. Esse Projeto tem por objetivo
recolher as crianças em situação de rua.
Já
houve várias tentativas nesse sentido em nossa Cidade, mas, infelizmente, ainda
não conseguimos o esperado, às vezes pelo Executivo, às vezes pelas próprias
crianças que estão na rua e que não querem deixar as esquinas, uma vez que na
maioria das ocasiões até vivem disso. Então, por intermédio do Secretário João
Bosco Vaz, queremos saudar o Bonde da Cidadania, que entrou em operação nesse
fim de semana junto com a FASC.
(Aparte
anti-regimental.)
O SR. MARIO FRAGA: O Ver. João Antonio Dib está solidário
também.
E,
emendado com o assunto do Bonde da Cidadania, gostaria de ressaltar, mais uma
vez, o Projeto Pró-Esporte, que está nesta Casa e que incentiva o esporte, em
seguida deveremos votá-lo. Os Vereadores que quiserem ajudar com emendas ou com
algum outro tipo de ajuda, por meio da Secretaria, das Lideranças do Governo ou
do nosso Partido, o PDT, que quiserem nos ajudar no Pró-Esporte: nós estamos
receptivos a que venham para cá, para que essa matéria possa ser aprovada de
imediato e entre em vigor no ano que vem.
Para
a nossa satisfação também, por meio da Secretaria do Secretário Mauro Zacher,
começaram, nesse fim de semana, as aulas do Pró-Jovem, que é uma parceria entre
Prefeitura Municipal de Porto Alegre e Governo Federal, que mandou as verbas
para cá. Os professores e orientadores terminaram o curso na última semana, e
as aulas começarão nesta semana para a Zona Norte, onde o projeto foi
implantado, Vereador-Presidente; são oito núcleos de 150 alunos. O que quer
dizer que, hoje à noite, começam a estudar mais 1.200 jovens. Esse projeto
obteve o apoio da Secretaria Municipal da Juventude, por intermédio do
Secretário Mauro Zacher, do Prefeito José Fogaça e também do Governo Federal,
Governo Lula.
Por
fim, queremos agradecer este tempo e dizer que ele é valioso para nós no
sentido de que possamos fazer uma avaliação sobre os nossos Projetos e sobre o
que está acontecendo no Executivo. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Verª Maristela Meneghetti.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste: hoje, na minha primeira
intervenção, solicitamos um minuto de silêncio pela morte do Professor Antônio
Carlos Stringhini Guimarães. Eu quero agradecer à Verª Maristela Meneghetti,
que permutou o seu tempo comigo - ela vai falar no dia 27 - para que eu pudesse
abordar esse assunto que, de uma maneira geral, revoltou os ciclistas da cidade
de Porto Alegre. O Professor Antônio Carlos Stringhini Guimarães foi meu amigo
pessoal de longa data, nós tivemos a oportunidade, durante três anos, de fazer
a faculdade de Educação Física na UFRGS, nós nos formamos em 1973. O Professor
Guimarães - Professor Guima, como era chamado -, durante toda a sua vida
profissional atuou na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi Doutor em
Educação Física, atuou como Diretor da Faculdade de Educação Física da UFRGS, como Diretor do Laboratório de
Pesquisa do Exercício Físico e atualmente estava exercendo a função de
Pró-Reitor de Extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faleceu no
último sábado, vítima de atropelamento na Av. Beira Rio.
Sabemos
que na Av. Beira Rio já aconteceram outros fatos semelhantes a esse. Aquela
via, que foi tão bem saudada pela população quando inaugurada, que resolve
grande parte do fluxo da Cidade para a Zona Sul, virou pista de corrida. As
pessoas que transitam pela Av. Beira Rio podem verificar que grande parte das
pessoas que andam de carro, infelizmente, não respeitam o limite de trânsito: o
limite para trafegar em Porto Alegre, dentro do perímetro urbano, é de 60 km/h.
Não sabemos a quilometragem do carro que o atropelou, mas está ocorrendo um
processo judicial desde a sua morte, desde sábado, e temos certeza de que a
Justiça vai averiguar esses fatos.
Ele,
que sempre atuou dentro da área desportiva - na sua adolescência, foi um grande
nadador do Rio Grande do Sul; agora, com 53 anos, se dedicava ao triátlon, uma
modalidade esportiva em que as pessoas fazem corrida, ciclismo e natação -,
estava pedalando com um grupo de ciclistas quando foi atropelado. Logo que
faleceu, recebi a notícia, estava distante do local. O corpo ficou um
determinado tempo lá, para depois ser retirado e levado ao IML.
Então,
nós estamos agendando uma reunião com o Diretor da EPTC, juntamente com a
Federação de Ciclismo, a Federação de Triátlon, representante dos atletas que
praticam o ciclismo, para solicitar a imediata colocação de placas indicativas
naquele local com os seguintes dizeres: “Ciclistas na pista”. Esse assunto, eu
volto a dizer, não é novo. Inclusive, num determinado tempo, tivemos a
oportunidade, por exemplo, de dedicar, nas quintas-feiras, a partir das 22
horas, aquele local para que os ciclistas utilizassem a extensão da pista como
um todo. Então, o que nós queremos são placas indicativas de “Ciclistas na
pista” imediatamente, queremos ver com o Prefeito a possibilidade de fazer em
toda a extensão da Usina do Gasômetro, na fase lindeira da pista, a construção
de uma ciclovia, somente nessa faixa, que são 6km, atendendo em parte os
anseios dos ciclistas, não na sua totalidade, porque nós, aqui nesta Casa,
temos o compromisso de discutir o Plano Diretor e, inclusive, incluir a questão
da ciclovia no nosso Município.
Eu
queria trazer de público esse registro da morte de um pesquisador, alguém que
trabalhava com a vida, é uma situação que não podemos deixar assim. Então, o
compromisso público que se tem é que novas vidas possam ser preservadas.
Esperamos que, imediatamente, o Poder Executivo coloque essas placas de
sinalização de “Ciclistas na pista”, que logo em seguida tenhamos essa reunião
com o Prefeito para ver quais são as soluções possíveis para o caso. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O
Ver. Raul Carrion está com a palavra em Comunicações.
O
SR. RAUL CARRION: Exmo
Ver. Elói Guimarães, Presidente desta Casa; demais Vereadores e Vereadoras;
todos os presentes e os que nos assistem nas suas casas pela TVCâmara: nesse
final de semana, Ver. Ibsen, realizou-se em Brasília o 11º Congresso do Partido
Comunista do Brasil, que durante quatro meses reuniu, Ver. Gerson, comunistas
de 1.365 Municípios de todos os Estados da Federação para fazer um debate
profundo, para discutir a tática, a estratégia e aprovar um novo Estatuto,
adequado aos dias de hoje, do PCdoB. Participaram, ao todo, mais de 70 mil
militantes. Não foi uma mera votação, Ver. Todeschini, mas um debate nos seus
organismos de base sobre a política. Em comparação ao 10º Congresso, dobrou o
número de participantes, mostrando que o PCdoB é um Partido em crescimento, um Partido
pujante. Foram eleitos 1.097 delegados, que se deslocaram para Brasília.
O ato de abertura, realizado no dia 20 de outubro,
às 20 horas, mostrou o prestígio e o respeito do PCdoB no mundo político
brasileiro. Talvez seja o único Congresso no Brasil que contou com a presença
do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do Vice-Presidente da
República, José de Alencar; do Presidente do Senado Federal, Renan Calheiros;
do Presidente da Câmara dos Deputados, nosso camarada Aldo Rebelo; seis
Ministros, entre eles, Dilma Roussef, Agnelo Queiroz, Ciro Gomes, Luiz Dulci,
Nilcéa Freire, Jairo Jorge, no exercício do MEC. Contamos com a presença de
inúmeros Senadores, como o Senador Quintanilha, do PCdoB; da Senadora Ideli
Salvatti, do Senador Mercadante, do Governador do Acre, do Vice-Governador do
Piauí, de Prefeitos de dezenas de cidades, entre eles, o Prefeito de Recife, a
Prefeita de Olinda e o Prefeito de Aracajú; dezenas de Deputados Federais, de
Deputados Estaduais, de Vereadores e de dirigentes dos Partidos amigos.
Nessa abertura, o Presidente Lula, num
pronunciamento de mais de 45 minutos, fez questão de agradecer ao Partido
Comunista do Brasil, afirmando (Lê.): “O PCdoB tem demonstrado extraordinária
lealdade em sua relação com o Governo, com o PT e comigo pessoalmente.”
Agradeceu a indicação do PCdoB do Ministro Agnelo Queiroz para a pasta dos
Esportes e, referindo-se a João Amazonas e ao PCdoB, disse de João Amazonas
(Lê.): “Ele era voz ponderada e me ensinou que a política não é aquilo que
queremos, mas aquilo que podemos fazer. Sou grato aos companheiros do PCdoB
pelo que fazem pelo Brasil.”
Estavam presentes ainda, Verª Neuza Canabarro, 45
delegações internacionais, entre elas: Delegação do Partido Comunista Chinês,
Vietnamita, Cubano, Coreano, a OLP, Partido Árabe Socialista da Síria - o Al
Baath -, Movimento Popular pela Libertação de Angola, todos os Partidos no
poder e dezenas de Partidos Comunistas de outros países como Índia, Estados
Unidos, África e assim por diante.
O Congresso se realizou num grande clima de
unidade, apesar de um debate acirrado, importante, de alto nível, Ver. Gerson,
e as resoluções, que serão trazidas oportunamente a todos os Vereadores, foram
de extrema importância. Mais de 10% dos delegados, portanto, mais de cem
delegados, usaram da palavra levando a opinião para esse debate.
Para concluir, gostaria de dizer que foi eleito o
novo Comitê Central do Partido, que irá dirigir o PCdoB durante quatro anos,
dos 81 membros, quatro são do Rio
Grande do Sul. Foi reconduzido o Presidente Estadual do PCdoB, Adalberto
Frasson; reconduzida a Deputada Jussara Cony, e foram eleitos dois novos
membros: nossa querida Líder aqui na Câmara, nossa camarada Manuela d’Ávila,
representando a juventude deste País, representando as mulheres, e o nosso
camarada Assis Melo, Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul,
o maior Sindicato operário deste Estado, junto com outros 16 camaradas
operários do Comitê Central do PCdoB, mais de 20% mulheres, cinco jovens e
inúmeros dirigentes do nosso País.
O nosso Presidente, eleito por unanimidade, Renato
Rabelo, no encerramento do Congresso, declarou: “O nosso Partido é educado na
arte da luta. Nós não somos educados, companheiros, na paz, na conciliação. O
Partido Comunista do Brasil é educado na arte da luta e nas grandes
vicissitudes”. Viva o Partido Comunista do Brasil! Viva o 11º Congresso do
Partido Comunista do Brasil! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Encerrada as
Comunicações.
Passamos à
(06 oradores/10 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
N. 6101/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 026/05, que estima a
Receita e fixa a Despesa do Município de Porto Alegre para o exercício
econômico-financeiro de 2006.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, este
momento, sem dúvida nenhuma, é o momento mais importante da atual Sessão
Legislativa, pois vamos votar o Orçamento para o próximo ano, e aí é
necessário que os Vereadores sejam lembrados da Lei Orgânica, art. 121,
parágrafos 2º, 3º e 4º, para que nós possamos fazer a votação do Orçamento em
excelentes condições.
O Prefeito, no início do ano, mandou um Projeto de
Lei mudando a data de apresentação do Plurianual. Os Vereadores, por iniciativa
própria, mudaram as datas da Lei de Diretrizes Orçamentárias e também da
apresentação do Projeto do Orçamento. Deveria, pela lei anterior, ser
apresentado o Orçamento até o dia 30 de setembro. Desta vez foi até o dia 15 de
outubro, e nós temos prazos rígidos para a entrega do Projeto para sanção do
Prefeito até o dia 10 de dezembro. E nós vamos cumprir esses prazos. Por isso,
eu estou alertando os Srs. Vereadores que, durante a Pauta, podem apresentar
emendas, também na Comissão de Finanças até o dia 22 de novembro, às 18 horas.
Nós já marcamos Audiência Pública para o dia 1º de novembro, às 14h30min, neste
plenário, creio eu. De qualquer forma, os Vereadores precisam ajudar a Relatora
designada, Verª Maristela Maffei, a fazer um relato em condições.
A Diretoria Legislativa e a Comissão de Finanças
estarão distribuindo formulários para que os Vereadores possam ter facilidade
na apresentação das emendas. Durante a Pauta - são seis Sessões consecutivas,
portanto até o dia 7 de novembro -, três entidades registradas podem apresentar
emendas, e essas três entidades podem apresentar uma só Emenda, não podem ser
signatárias de uma outra emenda; ou, então, 300 eleitores também podem
apresentar emendas ao Orçamento do ano de 2006.
No dia 23 de novembro, vai ser anunciada a inclusão
na Ordem do Dia, e, a partir daí, haverá a discussão e a votação.
Eu quero chamar atenção para a Mensagem Retificativa
do Prefeito, que diz (Lê.): “Esta nova relação está estabelecida por dois
princípios, o da transparência e o da verdade, e por ações efetivas de
parceria, modernização de gestão pública aplicadas de forma livre e democrática
e reforçadas pelos fundamentos pessoais de respeito e da garantia dos direitos individuais e
coletivos.” Eu chamo a atenção para o fato de que o ano de 2006 terá um
Orçamento nominal mais baixo do que 2005. Aparentemente, é uma desproporção - a
Cidade cresce. Não, é o Orçamento transparente e real. Todos os Orçamentos da
Prefeitura, nos últimos 16 anos, apresentavam um valor elevado para Receitas de
capital. Neste ano de 2005, o Orçamento apresenta 305 milhões de reais como
Receita de capital. E até o dia 30 de agosto, quando eu tinha - e tenho - a
execução orçamentária, apenas 4% desses 305 milhões foram realizados, porque
são inviáveis. Apenas 12 milhões de reais de Receita de capital, registram os
balancetes da Prefeitura Municipal.
Por
outro lado, neste novo Orçamento, apenas 25% dos valores anteriores são
colocados como Receita de capital: 74 milhões de reais. E, também, a reserva de
contingência que a Prefeitura sempre tinha - em torno de 4,5% a 5%, 5,2%, 5,8%,
são valores diferentes que aconteceram - este ano foi reduzida para 2%. É uma
demonstração de que o Prefeito quer fazer uma execução orçamentária capaz de
ser acompanhada pela Câmara Municipal e, também, pela população, dentro dos
números que foram apresentados ao famoso Orçamento Participativo.
E
mais uma coisa: neste ano, pela primeira vez, cumpre-se uma lei que vem do
início da década de 90, de autoria do Ver. Airto Ferronato, que diz que as
obras listadas no Orçamento Participativo deveriam integrar a Lei do Orçamento.
Neste ano, as obras aqui estão. Inclusive, vai resolver problemas de obras do
passado, em número de mais ou menos 600 obras, que foram listadas e não foram
executadas.
Neste
ano nós temos, portanto, um Orçamento para analisar com verdade, com
transparência, com realidade.
E
mais uma coisa: ele já está incluindo, aqui, o IPC. Portanto, ele está em
valores reais para o próximo ano e não está pretendendo, no dia 1º de janeiro,
fazer uma reavaliação. Quando executada a Proposta Orçamentária, ela já levou
em consideração o IPCA.
Eu
volto a dizer: é um momento da mais alta relevância, espero que os Vereadores
possam fazer as suas emendas com a seriedade e a responsabilidade com que as
emendas devem ser feitas. Eu repito que o art. 122, parágrafo 2º, diz
exatamente como deve ser feito no caso dos Vereadores, e os parágrafos 3º e 4º
do art. 122 dizem como devem proceder as entidades, ou os 300 eleitores.
Eu
volto a falar da minha alegria, da minha satisfação em participar, mais uma
vez, de um debate dessa importância, que é o Orçamento, que é a vida, o sangue
da cidade de Porto Alegre. E espero que os Vereadores cumpram as datas aqui
colocadas, que são regimentais e que precisam ser respeitadas, para que a Verª
Maristela Maffei, que foi escolhida como Relatora, possa entregar, na data
prevista, o seu Parecer, a fim de que
possamos analisar na Comissão de Constituição e Justiça, para que, depois,
o Plenário decida. Sou grato, Sr. Presidente. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, o Ver. João Antonio Dib já fez a sua explanação sobre a Pauta
Especial relativa à Lei do Orçamento Anual para 2006. E, como teremos seis
Sessões para discutir esse assunto, eu farei uma análise mais ampla em relação
ao Orçamento.
Primeiro,
como já foi dito pelo Ver. João Antonio Dib, o Orçamento para 2006 é inferior
ao Orçamento de 2005. Em 2005, foi projetado um Orçamento de 2 bilhões e 175
milhões de reais. Para 2006, está projetado um Orçamento de 2 bilhões, 157
milhões, 162 mil e 292 reais. Nesse valor, está incluído o SUS; sem o SUS, fica
o Orçamento de Porto Alegre em 1 bilhão, 832 milhões, 463 mil e 933 reais.
Quero
dizer que para este Orçamento - e o Ver. João Antonio Dib também falou - o
Prefeito se baseou no princípio da transparência e da verdade. E quero fazer um
pequeno comentário: ora, 2 bilhões e 157 milhões é um valor bem inferior aos
que passaram na conta do Marcos Valério. Nas contas do Marcos Valério foram
passados 4 bilhões e 900 milhões. Isso equivale a dois Orçamentos e meio de
Porto Alegre. Imaginem os senhores e as senhoras que, durante dois anos e meio,
cada um e cada uma dos habitantes de Porto Alegre, que correspondem a 1 milhão
e 400 mil, não precisariam pagar nada de tributos! Mas Porto Alegre terá o
Orçamento de 2 bilhões e 157 milhões baseado nesses princípios da transparência
e da verdade.
Quero
também fazer um registro em relação ao Conselho do Orçamento Participativo
(Lê.): “Os ajustes na distribuição dos recursos entre Projetos e Atividades
propostos pelo Conselho do Orçamento Participativo foram, na sua totalidade,
atendidos pelo Executivo, que no presente ano não apresentou ‘demandas
institucionais’.” Este é um fato novo também, todos os programas apresentados
para o Orçamento de 2006 passaram pelo Conselho do Orçamento Participativo.
(Lê.)
“O Plano de Investimentos, o caderno de obras eleitas e priorizadas pela
sociedade, pela primeira vez, acompanha a Peça Orçamentária encaminhada ao
Legislativo, ampliando sua publicidade e posterior fiscalização...” A ampliação
- e esse é um detalhe para o qual eu quero chamar a atenção - da participação
da sociedade através da Governança Local ampliou ainda mais o OP, porque na
Governança Local estão incluídos o Orçamento Participativo, ONGs, clubes de
mães, associações de moradores, empresários, escolas e outras instituições. Na
realidade, isso permitiu a democratização do poder local, com o objetivo de
promover o empoderamento das comunidades e redes sociais locais, desenvolvendo
a co-gestão entre sociedade e Governo, para atender aos desafios da inclusão
social e da sustentabilidade.
Também
quero falar dos Comitês Gestores Locais, que são divididos em 16 Regiões e
constituídos pelo Coordenador do CAR,
pelo Coordenador Regionais do OP - os CROP - e por agentes governamentais.
Quais são os objetivos? Para entender de que forma foi montado o Orçamento para
2006. (Lê.) “Seu objetivo é estimular ações de Governança na sociedade” - uma
interação entre o Governo e o povo da Cidade - “promover ações de
endo-governança no Executivo Municipal; fermentar uma cultura social de
Governança nos serviços públicos; agilizar o atendimento das demandas da
população e adequar os programas integrados do Governo (Plano Plurianual, Lei
de Diretrizes Orçamentárias e a Lei do Orçamento Anual) às peculiaridades
locais”.
Quero
chamar atenção também para o fato de que, pela primeira vez, a Lei do Orçamento
Anual explicita em nível de elemento de despesa, ou seja, permite uma efetiva
identificação de sua aplicação. Também acompanha a Lei de Orçamento Anual a
identificação da fonte de recurso e a descrição de cada projeto e atividade.
Isso vai permitir que a população, no seu todo, possa acompanhar de onde está
sendo retirado o dinheiro e qual o destino, projeto por projeto.
Estão
previstos os gastos com pessoal e com a manutenção da máquina pública,
possibilitando verificar quanto custa a prestação de serviços do Município, que
é um dado novo - o Município quer explicitar para a população o quanto custa
cada serviço. Então, há a questão dos gastos com pessoal e o que custa
realmente aquele serviço na prestação de contas.
Também foi criado um Grupo de Análise Orçamentária
e Financeira, nele está previsto o acompanhamento de auditoria das despesas
efetivadas, o acompanhamento da destinação dos recursos, evitando desperdícios
e retrabalhos através de procedimentos administrativos de análise qualitativa
dessas despesas.
E
qual é o novo modelo de gestão? (Lê.) “Um caráter integrador e transversal das
ações de Governo, reunindo diferentes Secretarias e órgãos na busca de soluções
a demandas da sociedade”. E esse é um modelo novo, porque não fica uma
Secretaria exclusivamente como a gestora, e, sim, num sentido transversal entre
as Secretarias, cada uma fazendo a sua atuação. Dentro disso, quais são os
objetivos atuais da Administração relativos à Lei do Orçamento Anual? É a inclusão social, a geração de
empregos - sabemos da sua dificuldade -, a sustentabilidade ambiental, a
responsabilidade financeira e fiscal.
O
Sr. Adeli Sell: V. Exª
permite um aparte?
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Vereador,
eu não vou poder lhe dar um aparte, porque tenho doze folhas para comentar.
O
Sr. Adeli Sell: Vereador,
V. Exª diz que é democrático e não quer dialogar com a oposição?
O
SR. PROFESSOR GARCIA:
Vereador, eu quero dialogar, só que nós teremos seis Sessões para dialogar. Se
V. Exª não permitir que eu faça esta primeira explanação... E teremos cinco
Sessões para discutir! Vossa Excelência sabe que do que mais gosto é realmente
discutir. Mas eu preciso esclarecer para V. Exª e para o público...
O
Sr. Adeli Sell:
Dar-lhe-ei um aparte na minha intervenção!
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Então,
eu concedo um aparte a V. Exª, apesar de não poder falar num todo.
O
Sr. Adeli Sell: Vossa
Excelência está falando em inclusão social, eu gostaria de ter uma explicação
para diminuição de quase 1% no orçamento
da FASC - aí nós podemos discutir inclusão social. Depois eu lhe dou um
aparte, porque quero lhe mostrar algumas questões. Vamos continuar dialogando.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Acho
que é importante. Novamente vou ler o modelo novo de gestão, pois Vossa
Excelência se fixou exclusivamente na FASC. Qual o novo modelo de gestão? (Lê.)
“...caráter integrador e transversal às ações de Governo reunindo diferentes
Secretarias e órgãos na busca de solução a demandas da sociedade”. Passa de uma
Secretaria exclusivamente como gestora para a transversalidade, inclui todas as
Secretarias, ou seja, trabalhando em cima do Projeto, as Secretarias passam a
ser gestoras como um todo, não fica exclusivamente sob a responsabilidade da
FASC, da SMOV, ou de outra Secretaria, como no caso do Ver. Gerson Almeida em
relação à SMAM. Não, é no sentido transversal, e é nesse sentido que se quer
fazer a discussão.
Meu
tempo está terminando. Eu queria trazer de público esse registro do modelo que
o Prefeito Fogaça está tentando fazer, com essa nova característica, com essa
nova dinâmica para o Orçamento anual, a fim de que possamos discuti-lo nas
próximas cinco Sessões, quando eu quero colocar a respeito de programas, ações,
objetivos estratégicos, indicadores, métodos, quero falar de eficiência e da
eficaz qualidade, falar das diversas Secretarias, dos diversos programas,
porque é um trabalho detalhado. Mas hoje fico por aqui, coloquei de que forma
está previsto esse novo modelo de gestão. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir a Pauta Especial, por transposição de tempo com o
Ver. Adeli Sell.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr.
Presidente, Ver. Elói Guimarães; Ver. Adeli, muito obrigado pela gentileza,
pois, em função de um compromisso externo, eu saio e volto em seguida. Vossa
Excelência compreendeu e permitiu a discussão, nessa 1ª Sessão de Pauta,
daquilo que considero o mais importante do Parlamento, porque aqui os
governantes traduzem as suas propostas políticas, quando remetem os Orçamentos.
Nós tivemos duas discussões preliminares sobre essa
matéria. Primeiro, foi o Plano Plurianual, que recebeu uma boa contribuição
desta Casa, foram muitas as Emendas, a maioria delas acolhidas; num segundo
momento, Ver. Adeli, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e, agora, o Orçamento,
que baliza o primeiro orçamento do Governo que ora assume.
O Ver. Professor Garcia, que é um conhecedor dessa
matéria, já sinalizou aqui o que eu quero também gizar. (Mostra os Orçamentos
de 2005 e 2006.) O Orçamento de 2005 trazia um valor de 2 bilhões e 185
milhões, e este Orçamento de 2006 baixa para 2 bilhões e 157 milhões de reais.
O que é importante ao fazer a leitura dos dois Orçamentos? O que depreendo
dessa questão? Eu diria que o Orçamento feito pelo Prefeito Fogaça e pela sua
equipe é muito realista, comparando com o Orçamento anterior, Ver. Adeli - e
poderemos aprofundar isso nas discussões posteriores. Antes havia previsão de
empréstimos que acabaram não acontecendo, portanto eram colocados dentro do
Orçamento, o que de certa forma o inchava um pouco.
Então, inicialmente, há duas questões que quero
balizar, Ver. Zé Valdir. Pela primeira vez, vem a esta Casa o projeto e
atividade. Ou seja, até
então, Ver. Ibsen, nos projetos anteriores que discutimos aqui, ao longo dos
quatro anos em que estivemos sob a gestão do Tarso e do Verle, isso vinha em
linhas gerais, mas nunca houve um projeto e atividade, e eu acho que essa é uma
conquista importante para o exercício da cidadania. Segundo, este Orçamento,
Sr. Presidente, identifica a fonte de recursos, ou seja, de onde serão tirados
os recursos para aplicar em tal atividade. Eu acho que esse é um outro avanço
importante que há na questão deste Orçamento.
Agora,
eu quero aqui abrir um capítulo para discutir o Orçamento e não vou fugir desse
debate, pois acho que o Governo de Porto Alegre precisa tomar uma atitude em
relação à cobrança do ISS, relativamente ao sistema financeiro. Não é possível
que uma Cidade com dificuldades enormes, com carências extraordinárias, como
tem esta Cidade, abra mão de Receita. Pipoca pelo Brasil inteiro, e o Superior
Tribunal de Justiça tem firmado, Ver. Sebenelo, essa jurisprudência, no sentido
de que recaia sobre a transação de leasing o ISS. Não há dúvida, e a Lei
nº 116 coloca isso com clareza meridiana. E a lei diz mais, Ver. Adeli: o
imposto sobre a transação de leasing deve incidir no local da transação
do leasing. Então, queremos, ao discutir este Orçamento... Que bom, se
nós temos uma média de investimento de 10% hoje, nós poderíamos ter aqui mais
60 milhões, 70 milhões, se a alíquota for de 2%, como é hoje. Por quê? Parte-se
do pressuposto somente das transações de leasing em cima das compras e
vendas de automóveis no Município de Porto Alegre, que tem, de forma per
capita, a maior frota do Brasil.
Então,
eu quero centrar nessa questão, porque é impossível que as pessoas de poucos
recursos, nesta Cidade, paguem os seus tributos e que os bancos, que têm lucros
estratosféricos - como comprovam os jornais, daqui ou do Centro do País,
demonstrando os seus balanços extraordinários, de lucratividade - não façam a
contrapartida daquilo que têm de fazer. Os Municípios, lá no final da
Constituinte, chegaram a ter 20% dos recursos do chamado bolo tributário
brasileiro. Hoje, Ver. Maurício Dziedricki, não chega a 14%, e houve uma
“prefeiturização” de várias questões que eram dos outros entes federados, ou
era dos Estados, ou era da União. E não é municipalizar, porque municipalizar,
Ver. Gerson Almeida, é eu transferir a municipalização com os devidos recursos.
Não, “prefeiturizou”, ou seja, transferiram para as Prefeituras vários
serviços, várias questões que eram dos outros entes federados. Portanto os
Municípios estão vivendo momentos extremamente delicados.
Eu queria, Vereador, dizer que - especialmente à
Bancada do Partido dos Trabalhadores,
eu já falei disso na legislatura passada -, para mim, foi um grande
homem público o Secretário Utzig, Verª Margarete. Ele escreveu um documento no
final de 2002, um documento que tem vinte e poucas páginas, e os senhores devem
ter esse documento. (Mostra o documento.) Eu tive acesso a esse documento do
Secretário Utzig, Secretário da Fazenda do Governo Tarso. Isso que está
acontecendo hoje da bimestralidade, a questão do emperramento da máquina
pública, tudo está enfrentado aqui, dizendo do esgotamento do modelo, falando
do quarto mandato da Frente Popular.
A Prefeitura de Porto Alegre vem tendo déficit
orçamentário desde 2002, e aí é importante gizar uma questão. Eu vou pegar um
item: Sistema Único de Saúde, que até 1997 não era gerenciado pelos Municípios.
No caso de Porto Alegre, houve a municipalização plena em 1997, com o Governo
Britto e o Governo Raul Pont. A partir dali, se olharmos as contas da
Prefeitura, vamos ver que há, indiscutivelmente, um peso muito maior a partir
daquele momento, pela contrapartida da Saúde.
Por outro lado, com certeza, vai vir a esta tribuna
- e não vamos fugir desse debate - a questão da bimestralidade, que o Governo
anterior já não pagava desde março de 2003. O Governo terminou a sua gestão em
2004, portanto por quase dois anos não se repassava a bimestralidade. Ora, o
Governo que agora assume tem coragem de enfrentar isso e mandar um Projeto de
Lei para cá. Se ele não é o melhor Projeto, ele é um referencial. O IPCA, hoje,
é mais proveitoso do que o IGP-M, porque o IGP-M, em função do dólar baixo, é
um índice que hoje quase está dando negativo.
Então,
acho que, dentro desse debate do Orçamento, vamos enfrentar, indiscutivelmente,
essa outra discussão. Por quê? A Lei de Responsabilidade Fiscal, que eu acho o
instrumento mais extraordinário que se produziu nos últimos tempos para acabar
com essa farra de o gestor público, especialmente no último ano de gestão,
fazer verdadeiros absurdos, estabeleceu limites.
A
máquina pública precisa dar um atendimento especialíssimo aos servidores. E aí
eu volto a esse documento do Secretário Utzig, não bastam salários aos
servidores, Verª Margarete. Ele fala muito aqui na qualificação profissional de
curto e de longo tempo, inclusive dizendo que a Prefeitura tinha que liberar
recursos para bolsas de pós-graduação, para criar uma elite de funcionários que
possa administrar melhor a coisa pública. Então, evidentemente, é importante
falar em salários, mas é importante falar na qualificação profissional, é
importante discutir neste Orçamento o Conselho do Contribuinte, que é uma
máquina emperrada que serve aos interesses dos poderosos. Lá dormem os recursos
nas prateleiras, especialmente das boas bancas de advocacia, porque o pequeno
não tem condições de recorrer, mas o grande sempre recorre, e bem embasado, e
perde-se administrativamente, vai ao Judiciário.
Então,
nós queremos finalizar dizendo que não há muita novidade, salvo melhor juízo,
Ver. Adeli, em relação aos Orçamentos dos Governos anteriores. Aqui segue, mais
ou menos, uma ritualística, do ponto de vista da média dos investimentos; de
outro ponto de vista, há alguns avanços, como eu disse, da transparência, mas
não há grandes diferenças. Portanto, acho que vamos fazer um bom debate nas
próximas Sessões, quando discutiremos o Orçamento. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Elias Vidal está com a palavra
para discutir a Pauta Especial. (Pausa.) Ausente. O Ver. Adeli Sell está com a
palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, colegas Vereadores,
Vereadoras, vamos ao debate do Orçamento. Na sua Mensagem, que é bastante curta
para um Orçamento, o Sr. Prefeito diz: “...uma nova relação...”. Qual é a nova
relação? Diz que o Orçamento está estabelecido por dois princípios: o da
transparência e o da verdade. Inicialmente, pensei que o segundo parágrafo era
um exagero de primeira página. (Lê.) “...uma nova relação do Poder Público
Municipal com a sociedade porto-alegrense. Esta nova relação está estabelecida
por dois princípios, o da transparência e o da verdade, e por ações efetivas de
parceria e modernização da gestão pública aplicadas de forma livre e
democrática...”.
Ora,
senhores e senhoras, então os Srs. Vereadores e as Sras. Vereadoras que hoje
são da base do Governo, que eram oposição, que eram maioria, não cumpriram o
seu papel de fiscalizadores? Se não havia transparência e verdade na gestão
passada, os senhores não nos fiscalizaram quando éramos Governo, Ver. João Dib.
É isso, Ver. João Dib? Ou a situação nega essa questão, ou a situação - que era
oposição então, era maioria - não cumpriu o seu papel, porque eu, que era da
situação, fui fiscal.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, eu sempre fui
muito atento à execução orçamentária e ao Orçamento também. Em uma das vezes
que o Prefeito Raul Pont, no caso, entregou a Proposta Orçamentária, eu chamei
a atenção dele para Receitas de capital, que nunca se realizaram nos 16 anos.
Eu chamei a atenção, e ele disse: “O seu Governo” - do Fernando Henrique, não
era meu, era do Brasil - “é que impediu que se fizesse empréstimo”. Eu disse:
“Então, o senhor me explique os anos anteriores”. Nunca realizaram. Este ano,
305 milhões, só 4%.
O
SR. ADELI SELL: Como V.
Exª na sua intervenção inicial nada falou, não objetou, a leitura que faço é
que os senhores e as senhoras não cumpriram o seu papel. Ou neguem essa
questão, ou nós faremos a crítica, porque temos razões de criticar. Vou
adiante.
O
Sr. João Antonio Dib: Nobre
Vereador, V. Exª não ouviu, eu disse que o problema é que o Orçamento deste ano
é menor do que do ano anterior, porque os 300 milhões não estavam mais lá.
O
SR. ADELI SELL: Ver.
João Dib, para o ano de 2006, o recurso aos auxílios e convênios da Assistência
Social da FASC é de 1 milhão, 346 mil e 693 reais. Os serviços de consultoria
da Secretaria Municipal da Fazenda são mais do que duas vezes e meia isso, ou
seja, 4 milhões e 570 mil. Eu gostaria de ter alguma explicação do Governo e de
seus representantes. Para 2006, o Governo Municipal prevê um recurso de 200 mil
para educação no trânsito, correspondendo a 0,4% do Orçamento total da SMT e
EPTC. O resultado, já podemos prever: 117 mortes no trânsito até setembro, 65
mortes por atropelamento, faixas de segurança apagadas, sinalização deficiente,
corredor de ônibus com crateras. Agora, educação para o trânsito com esse
valor, convenhamos, desculpem-me, não haverá.
Em
relação ao Orçamento de 2006, Ver. João Dib, vamos adiante, temos mais dados: o
Governo Municipal quer gastar 441 mil reais com o redesenho de processos
administrativos, mais do que o previsto com o Hospital da Restinga e o
Pronto-Socorro da Zona Sul. Há alguma explicação? Afinal de contas, não é o
Governo que resolveria todos os problemas da Saúde em Porto Alegre? E vão
gastar mais em redesenho administrativo do que no Pronto-Socorro da Zona Sul! É
assim que nós vamos resolver, Ver. Sebenelo? Creio que não.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) V. Exª me perguntou, nobre
Vereador. Eu acho que Administração da Prefeitura, nos últimos 16 anos, se
deteriorou um tanto. E os computadores, no momento em que a Administração
deixou a Prefeitura, também estavam vazios. Eu acho que se deve reestudar toda
a administração da Prefeitura, todo o organograma da Prefeitura, todas as
coisas que se realizavam na Prefeitura.
O
SR. ADELI SELL: Vossa
Excelência entre no Tribunal de Contas com processo, entre no Ministério
Público, é outro Poder, poder de fiscalização.
Vejamos
o Orçamento de 2006. O Programa Monumenta, do Governo Federal, representa 87%
do total dos investimentos da Secretaria Municipal de Cultura. É preciso dizer
mais alguma coisa? Orçamento de 2006: o Governo Municipal prevê gastos de 900
mil reais com equipamentos para coordenar o Projeto Integrado Entrada da Cidade.
É o mesmo valor previsto para os equipamentos da Saúde Pública do Município. É
assim que vamos resolver os problemas de Saúde do Município, que é um todo? Com
o mesmo valor? Serão apenas equipamentos para o Projeto Entrada da Cidade?
Convenhamos! São números. Eu estou lendo o Orçamento.
A
Secretaria Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico prevê gasto de 761
mil reais na contratação de consultoria. Eu lembrei que havia quatro milhões de
reais e pouco só na Fazenda, mais 761 milhões. Já são mais de cinco milhões. E
o recurso destinado ao DMLU para a melhoria dos sanitários públicos - todos
quebrados, depredados e sujos - é a grande quantia de 6 mil e 275 reais.
Convenhamos! Orçamento de 2006: o valor destinado a cestas básicas do Programa
Fome Zero é de 78 mil reais. Auxílio-alimentação do Gabinete do Prefeito: 364
mil e 747 reais.
Eu
acho que nós merecemos algumas explicações. Está tudo gravado, e as notas
taquigráficas estão à disposição da imprensa. O interessante é que a imprensa
não está discutindo o Orçamento de Porto Alegre, é um negócio impressionante! A
coisa mais importante da Cidade, neste momento, é discutir como se arrecada e
como se gasta. Nesse ponto, eu estou cem por cento de acordo com o Ver. Melo,
porque é um dos poucos que tem coragem de vir aqui e discutir a questão da
arrecadação, inclusive colocando o dedo na ferida sobre a questão do ISS.
Assunto que eu, há oito anos, venho tratando sistematicamente aqui, inclusive
com propostas legislativas, das quais, felizmente, aprovamos algumas que
ajudaram na arrecadação no Município de Porto Alegre. E havia um Vereador que
dizia assim: “Vou entrar com uma ADIn”. Estou esperando a ADIn até hoje. Graças
a Deus, não houve a ADIn, e a Prefeitura está arrecadando uma quantia
significativa por um simples Projeto de Lei feito aqui. Portanto a minha Câmara
faz Projetos de Lei na questão tributária.
Eu
antes perguntava ao Ver. Professor Garcia qual a explicação, se a questão é de
inclusão social. A previsão de 2006 para a FASC é de 7,05%, e este ano foi de
6,8%. Então, gostaríamos de discutir essa questão, sem dúvida nenhuma. Em
relação ao DEMHAB também estamos analisando, queremos saber um pouco mais do
Orçamento, o mesmo sobre a SMOV.
Enfim,
são alguns pontos para reflexão que deixo aqui. Fui bem preciso, bem pontual,
citei dados, não inventei absolutamente nada. Estão nos autos. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
(Pausa.) Ausente. A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta
Especial. (Pausa.) Ausente.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
N. 5990/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 283/05, de autoria da Verª
Clênia Maranhão, que institui monumento em homenagem ao Bebê.
2ª SESSÃO
PROC.
N. 4291/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 119/05, de autoria da Verª Manuela d'Ávila, que denomina Bira Valdez
a Sala da TV Câmara da Câmara Municipal
de Porto Alegre.
PROC.
N. 5585/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 262/05, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que
institui o Roteiro Turístico Oficial de Porto Alegre. (estabelece critérios p/
a incorporação ao roteiro, p/ comercialização e prestação de serviços e forma
de divulgação)
PROC.
N. 5785/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 274/05, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que
cria o Bosque dos Bravos no Parque Farroupilha, em homenagem aos vinte e um
gaúchos integrantes da Força Expedicionária Brasileira mortos em combate
durante a Segunda Guerra Mundial.
PROC.
N. 5786/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 275/05, de autoria do Ver. Maurício Dziedricki,
que denomina Esplanada da Restinga um logradouro não-cadastrado, localizado no
Bairro Restinga.
PROC.
N. 5822/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 021/05, que autoriza a alienação de próprios
municipais mediante investidura, destinando os recursos à implantação de
Programas Habitacionais e Equipamentos de Caráter Social e dá outras
providências.
PROC.
N. 5848/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 279/05, de autoria do Ver. Adeli Sell, que concede
o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Delegado Carlos
Miguel Locks Xavier.
PROC.
N. 5978/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 025/05, que desafeta da destinação de uso comum do
povo próprio municipal para fins de regularização fundiária através de
concessão de direito real de uso.
3ª SESSÃO
PROC.
N. 5138/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 247/05, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que
dispõe sobre a instalação de banheiros químicos nos pontos de táxis do
Município. Com Emenda n. 01.
PROC.
N. 5977/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 024/05, que dá nova redação ao inciso VIII do
artigo 2º, da Lei n. 8.936, de 03 de julho de 2002. (Fundo Monumenta /altera
número de representantes de ONGs vinculadas à preservação histórico-cultural)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, a Verª Clênia Maranhão tem hoje um Projeto de Lei meritório, sem
dúvida nenhuma, que institui o monumento Mãe/Bebê. Eu, achando meritória a
proposição da Verª Clênia Maranhão, acho desnecessário que seja lei. Até
porque, na Exposição de Motivos, ela deixa muito claro, inclusive fiquei
preocupado com o Monumento (Lê.): “Para marcar a terceira edição da Semana do
Bebê, a artista plástica Arminda Lopes criou o monumento Mãe/Bebê, escultura em
bronze, que traduz a importância da primeira infância, a simbologia da gravidez
e do vínculo existente na gestação. A obra, que está sendo cedida em doação ao
Município, mede cerca de cinco metros e terá uma base também em bronze. Arminda
Lopes tem o seu trabalho reconhecido publicamente e uma carreira marcada por obras
de grande destaque, como os Troféus ‘50 anos da Cultura’, da Secretaria do
Estado da Cultura, Federasul, e ‘20 Gaúchos que marcaram o século XX’, da RBS.
Para maior conhecimento da sua obra, anexamos currículo da artista”.
Portanto,
o monumento está sendo doado ao Município, não há ônus nenhum, é apenas
escolher o local numa praça, e, para isso, o Prefeito não precisa de lei. Ele
vai, pura e simplesmente, colocar o monumento à vista de todos os
porto-alegrenses. Saúdo a iniciativa da Vereadora de lembrar que a mãe tem de
ser homenageada de todas as formas. E aproveito para informar à Prefeitura
Municipal que, no Largo Edgar Köetz, há um monumento que a população fez em
homenagem à mãe que precisa ser reparado; é de concreto, não custa muito caro,
é muito fácil de fazer.
Agora,
o Projeto de Lei do Prefeito que propõe a desafetação de área na Vila Jardim,
esse, sim, eu acho que precisa de uma Mensagem Retificativa, porque o Projeto
do Prefeito não amarra as quadras. As quadras não estão localizadas perfeitamente.
Para os nossos olhos de engenheiro, não elas estão amarradas a nada. Eu fico
entristecido que esse Projeto tenha sido dado para o Prefeito apor a sua
assinatura. E alertava, no primeiro dia em que discuti essa matéria - a minha
lembrança trazia isso -, que já havia passado um Projeto semelhante, e a
Prefeitura conseguiu aprová-lo por 26 votos a 01, ou a 02, eu não tenho
certeza; um voto contra era o meu, o segundo, parece-me, era do então Ver.
Antonio Hohlfeldt. No Projeto que o
Prefeito teria recebido dos seus assessores está dito (Lê.): “Ocorre que a
referida Lei que desafeta a área em litígio jamais poderia ter sido objeto de
desafetação, senão vejamos: trata-se de imóveis recebidos por doação com
encargos, o que proíbe outra destinação diversa daquela imposta pelo doador.
Assim, uma vez desafetada a respectiva área, demonstra o desvio de finalidade
praticado pela Administração com a concordância do Legislativo, que, talvez,
por um lapso, não se ateve ao gravame instituído pelo doador”.
Continua
o mesmo gravame, continuam as mesmas condições. Agora, eu não posso entender
como é que alguém deu esse Projeto para o Prefeito assinar, quando aqui o Sr.
Luiz Portella Pereira solicitava o pronunciamento da PGM e que, se necessário,
diligências fossem feitas. Há uma ação na Justiça, conforme eu disse, e eu
tenho aqui dados. Acho que é preciso examinar o Projeto com bastante urgência
antes que seja encaminhado às próprias Comissões. Saúde e PAZ! Estou devolvendo
o Processo para a Diretoria Legislativa.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Carlos Comassetto esta
com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. José Ismael
Heinen está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ADELI SELL: Meu caro Presidente Elói Guimarães, meu
estimado Ver. João Dib, colegas Vereadoras, Vereadores, é importante que nesta
Casa haja o contraditório, e é um prazer debater alguns temas com o Ver. João
Dib.
Eu
fiz uma proposição de homenagem ao Delegado Carlos Miguel - que está na 3ª
Sessão de Pauta - por uma razão muito simples: além da sua carreira importante
como Delegado de Polícia, hoje respondendo pela 1ª e 3ª DP de Viamão, eu quero
lembrar, fundamentalmente, que ele também foi Assessor Jurídico do Detran, teve
uma trajetória como Delegado do Consumidor. Quando na sua curta gestão na
Delegacia do Consumidor, Carlos Miguel mostrou que a Polícia Civil tem e pode
ter um papel importante na defesa do consumidor, atacando a pilantragem da
pirataria, do contrabando e da falsificação.
Hoje
faço questão de falar isso, porque o nosso Judiciário em São Leopoldo deu ganho
de causa, foi conquistada uma Liminar - que eu ajudei a construir, debatendo
politicamente, até porque eu não sou advogado, senão a OAB vai dizer que estou
fazendo exercício ilegal da profissão, meu caro Ver. José Valdir - cessando a
construção do camelódromo da cidade de São Leopoldo. É importante essa questão,
porque o consumidor tem que ser resguardado e guardado.
Ele teve a coragem, por exemplo, de montar uma
equipe aqui e ir a Pelotas, no camelódromo, sem avisar a Polícia Civil de lá,
pois sabia que, sobre a Polícia Civil de lá, haveria pressão e contrapressão,
portanto ele montou uma equipe aqui. Assim como fez a Polícia Federal, quando das ações em São Paulo, que não avisou
a Polícia Federal de São Paulo. Nós sabemos como isso acontece, por que isso
acontece. É um Título, Ver. João Dib, de Cidadão Emérito desta Cidade ao
Delegado Carlos Miguel, que foi Delegado do Consumidor aqui em Porto Alegre. É
importante frisar que ele inaugurou uma nova fase nessa Delegacia, que hoje é
continuada por outra Delegada, que faz esse trabalho. O consumidor tem de ser
resguardado, Ver. Gerson Almeida, em todas as suas questões de consumo.
Deve ser um produto de qualidade, um produto que
tem origem, um produto que pague tributos, e não como hoje acontece, e este
Estado é o que tem o mais alto índice de sonegação do País. E nós vivemos
falando que é um Estado exemplar, que não erra em nada, que é melhor em tudo.
Não é verdade, não é verdade isso. Nós temos os defeitos do Brasil, nós temos
os defeitos da nossa colonização, nós temos os nossos pecados, temos que
purgá-los, pagá-los.
Nós temos em implementação no Rio Grande do Sul o
ICMS eletrônico. Estive, sexta-feira, num evento com dois brilhantes servidores
da Secretaria da Fazenda do Estado. Mas, se não houver um trabalho com a Decon,
com essa Delegacia do Consumidor, cujo titular foi Carlos Miguel, de nada
adianta, porque, na verdade, passará por fora do ICMS eletrônico, de quem tem
computador, de quem está na linha de frente, porque o problema é de quem faz o
negócio por fora, as empresas de fachada. Não sou eu que estou dizendo, é a
Rede Globo. Eu não assisti, mas as pessoas me relataram minuciosamente o que
foi o programa de sexta-feira à noite. Então, não é o Adeli Sell, que muitas
vezes foi considerado maluco por condenar a pirataria ou o contrabando. Não
estamos sozinhos nessa briga, porque, numa Delegacia como a do Consumidor, o
Delegado Carlos Miguel mostrou que, além das questões pertinentes e cotidianas
do consumidor, ele enfrentou a pirataria, o contrabando, com muita determinação
de sua equipe. Por isso a homenagem do Título de Cidadão Emérito ao Delegado
Carlos Miguel, hoje na 1ª e 3ª DP de Viamão. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Elias
Vidal está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, público presente, assistência do Canal
16, o momento de Pauta nos é oportuno para discutir o Projeto de autoria do
Executivo que autoriza a alienação de próprios municipais para destinar os
recursos à implantação de Programas Habitacionais e Equipamentos Municipais.
Venho aqui trazer como importante esse debate, porque a Cidade está com uma
carência extraordinária de políticas que possam responder minimamente às
necessidades da população, especialmente a população mais carente.
Estive no fim de semana
visitando o Programa Entrada da Cidade, e há uma preocupação enorme das
pessoas, porque chegou lá a notícia de que o Programa Integrado Entrada da
Cidade, o PIEC, será alterado sob a argumentação de que há uma defasagem na
taxa de câmbio. Como aquele Programa é financiado por instituições financeiras
internacionais, portanto financiamento contraído em moeda externa, no caso o
dólar; como a taxa de conversão está menor do que no momento da contratação, ao
Município caberá a ação de desembolsar mais recursos. O Governo então propôs à
comunidade que seja diminuído o padrão das casas, que elas tenham subtraído do
Projeto, por exemplo, o reboco, Ver. João Dib, o piso e muitas outras partes
componentes do projeto original. Pois isso está trazendo uma apreensão enorme
àquela comunidade. E o mais preocupante é que talvez o Governo não tenha o
domínio e a ciência de que, se isso for feito, poderá, sim, comprometer o
programa de financiamento.
Estou tratando do Projeto dos recursos aos
programas habitacionais do Governo, o PLE nº 021/05, estou fazendo um gancho
com o Projeto, porque justamente esse é um problema que está colocado e que
aflige toda aquela comunidade do Programa Entrada da Cidade ou outras
comunidades, como, por exemplo, as ocupações irregulares, que carecem de
celeridade para que tenham avanços, Verª Margarete, para que o Município possa
dar um grau de resposta. Na medida em que o Executivo prevê a alienação de
imóveis para angariar fundos para esses investimentos, nós temos medidas importantes.
Agora, não pode acontecer o que aconteceu lá no
Jardim Floresta na semana passada, quando uma senhora, com sete crianças
pequenas, que está sendo despejada, procurou o DEMHAB e o Centro Administrativo
Regional para abrigar a sua família. A Prefeitura respondeu que a Associação de
Moradores deveria resolver o problema dando um terreno para essa senhora,
sabendo que há conquistas gravadas e que essa pessoa, inclusive, integra o
Movimento de Moradores de Aluguel e de Favor lá naquela região da Cidade. Essa
não é resposta que se dê a pessoas que necessitam do amparo social do Governo,
e essa é a finalidade, esse é o papel do DEMHAB, Ver. João Dib, ele não pode
dar uma resposta desse tipo à comunidade, dizendo que o problema é da
Associação de Moradores, que a Associação de Moradores da Vila Floresta deve
resolver o problema, porque o problema é do Governo, é do DEMHAB, é do Prefeito
Municipal.
Então venho trazer aqui esses assuntos, porque
temos projetos importantes que estaremos apoiando, projetos de iniciativa do
Executivo, de alienar, de vender bens municipais para dar conta da necessidade de recursos
para esse tipo de problema. Nós não podemos ter esse tipo de resposta. Não
faltará solidariedade de nossa parte para que o Governo viabilize os seus programas,
agora, de outra parte, não podemos aceitar, de forma alguma, a negligência, o
descaso, esse tipo de reação vinda do Governo, como aconteceu por parte do
representante do Centro Administrativo daquela região e do próprio DEMHAB.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Sofia
Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente,
Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, em Pauta há alguns Projetos que
tratam da política habitacional desta Cidade. Queria fazer alguns registros que
nos preocupam sobremaneira. Um deles é sobre o desregramento, a falta de
fiscalização, de uma política clara, a falta de uma orientação e canalização
para o conjunto das comunidades em relação à política habitacional. Têm
acontecido várias ocupações, e não tivemos uma ação política do DEMHAB que
trouxesse solução, que trouxesse articulação dessas ocupações com o processo do
OP, como era uma prática do Orçamento Participativo, prática construída nesta
Cidade. Nós conseguimos trabalhar uma lógica, uma lógica importante, na qual as
comunidades canalizavam essa mobilizavam em torno de habitação para o Orçamento
Participativo nas diferentes regiões da cidade de Porto Alegre.
A recente
situação da Av. Protásio Alves é emblemática. Houve, no final do ano, uma
ocupação de um terreno, de uma área conquistada pelo Orçamento Participativo,
houve toda uma mobilização dos próprios Conselheiros do OP, questionando a
Prefeitura no início do ano, para que encaminhasse aquela demanda, respeitando
a conquista do OP. Nada foi solucionado, encaminhado e tratado politicamente
por este Governo. Estamos na iminência da desapropriação, de uma ação da
Brigada Militar, num lugar onde há mais de 400 famílias, a maioria delas com
crianças. É uma situação constituída há quase um ano, com casas construídas,
quase uma cidade montada, e a Prefeitura tratou de forma burocrática e
encaminhou uma reintegração de posse. Temos um problema social grave a resolver
que é de responsabilidade de todos nós.
Uma comissão de moradores da Av. Protásio Alves está
solicitando à CUTHAB uma reunião e quer o apoio desta Casa, uma vez que o
Executivo não conseguiu construir uma mediação, um encaminhamento, relegando
isso a questões burocráticas e legais - e o problema, cedo ou tarde, volta. Eu
poderia citar inúmeras regiões em que isso está acontecendo, e nós não temos
uma ação rápida e integrada do Governo.
Então, é um Governo que
não toma os devidos cuidados, não respeita as instâncias e, conseqüentemente,
provocará uma reação popular, bem como provocará prejuízos irrecuperáveis ao
meio ambiente desta Cidade, à organização urbana desta Cidade e, quiçá, no caso
da habitação popular, às famílias, crianças e mulheres que estarão envolvidas
num despejo.
Eu
trago aqui dois elementos para chamar a atenção: o Governo tem de estar
presente e tem de respeitar os processos populares muito mais do que apenas
falar em diálogo e em respeito à participação popular.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães;
prezadas colegas Vereadoras, prezados colegas Vereadores, hoje eu quero falar
sobre um Projeto do Executivo que está em Pauta, o PLE nº 025/05, que desafeta
da destinação do uso comum do povo próprio municipal, para fins de
regularização fundiária, através da concessão de Direito Real de Uso. E,
falando nisso, acabei de pegar o Processo para analisar, o qual tem data
inicial de 1991.
Quero
falar da dificuldade que Porto Alegre ainda enfrenta, do ponto de vista dos
instrumentos legais, para elaborar a regularização fundiária. Esse Processo,
que iniciou em 1991, é muito anterior ao Estatuto da Cidade, ou seja, dez anos
anterior ao Estatuto da Cidade. Um dos mecanismos que tínhamos até então
legalmente construídos na Lei Municipal era a CDRU, que foi um instrumento
votado por esta Casa, de autoria do nosso saudoso amigo Ver. Lauro Hagemann. A
partir desse instrumento criado, a Concessão do Direito Real de Uso, houve uma
evolução na questão legislativa, e, em 2001, tivemos a aprovação do Estatuto da
Cidade, mais precisamente em julho de 2001. E o Estatuto da Cidade ainda não
foi regulamentado em Porto Alegre no que diz respeito à utilização dos próprios
públicos municipais já ocupados por habitações, como esse da Vila Jardim, para
o qual o Executivo Municipal está
propondo fazer a desafetação.
Por
que faço a análise desse Projeto? Porque há um Projeto de nossa autoria que
tramita na Casa regulamentando o Estatuto da Cidade e criando o direito
subjetivo, para que todas as áreas públicas municipais ocupadas, obviamente, em
Porto Alegre adquiram esse direito a fim de que possa ser feita essa
regularização fundiária. Portanto, dialogo em primeira instância com os colegas
Vereadores da CCJ, com o Ver. Paulo Odone, que é o Relator do nosso Projeto,
dizendo que esse é um tema sobre o qual toda a Casa precisa dialogar e debater,
senão vai continuar acontecendo aquilo a que se refere esse Projeto do
Executivo Municipal: para cada área que se quiser regularizar que seja pública
municipal e que já se enquadre no Estatuto da Cidade precisa ser enviado um
Projeto especial a esta Casa. Bem, temos de avançar na construção das leis, e,
para o Projeto de nossa autoria que dá guarida a uma construção política da
Cidade, nós ainda não temos a suficiente compreensão, pelo menos pelo diálogo
que temos tido até então, da qualidade e do objetivo que tem esse Projeto para
a cidade de Porto Alegre no que diz respeito à regularizarmos o Estatuto da Cidade,
a fazermos um instrumento legal, criando o direito subjetivo para o número de
aproximadamente 60 comunidades em Porto Alegre que hoje são irregulares.
Portanto,
creio que a iniciativa tomada pelo Executivo Municipal, ou melhor, a iniciativa
da continuidade desse Projeto, que data de 1991, por parte do atual Executivo é
realmente bem-vinda, mas temos que superar a construção dos elementos ou das
ferramentas jurídicas necessárias para que o Estatuto da Cidade seja um
instrumento de utilização na potencialidade com que ele foi construído em nível
nacional. Infelizmente em Porto Alegre nós não estamos com esse instrumento
ainda evidenciado, Ver. Ibsen Pinheiro, nosso Presidente da CCJ. E o Projeto de
nossa autoria que lá está em debate trata justamente de dar suporte a Projetos
como esse que o Executivo manda ao Legislativo, para que, criando o direito
subjetivo, ele não precise mais mandar esses Projetos para desafetar área por
área - áreas já ocupadas irregularmente no Município de Porto Alegre -, já que seria
um direito subjetivo adquirido por toda a sociedade brasileira por meio do
Estatuto da Cidade. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Encerrada a discussão da Pauta.
A
Verª Manuela d'Ávila está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. MANUELA D'ÁVILA: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, nós tivemos, ontem, um
dia muito importante na história do nosso País. Ouvi atentamente as
manifestações de alguns Vereadores no dia de hoje e também algumas entrevistas
de diversos políticos do nosso País. Algumas me soaram bastante arrogantes e um
pouco pretensiosas com relação ao resultado do Referendo do dia de ontem.
Em
primeiro lugar acredito que seja uma vitória do povo do nosso País a existência
de um processo para referendar uma lei aprovada na Câmara dos Deputados - por
um amplo processo de participação popular -, que é o Estatuto do Desarmamento.
E eu acho que fazer com que o nosso povo participe cada vez mais das decisões é
algo extremamente importante, e não são, como alguns tentaram passar, decisões
pequenas. Independente do resultado que nós tivemos no dia de ontem, o
Referendo é uma vitória do povo brasileiro, um povo que, por respeitar
profundamente, fez uma opção diferente daquela que eu defendia. Por isso eu
digo que ouvi algumas opiniões arrogantes, porque algumas pessoas que defendiam
a campanha do Sim deram a entender que, uma vez que o povo não fez a opção por
aquilo que elas acreditavam, o nosso povo não tem direito de opinar. Não, o
nosso povo permanece tendo o direito de opinar, mesmo que nós, e muitos de nós,
não concordemos com as opiniões que a maioria da população brasileira expressou
no dia de ontem.
Agora,
gostaria de dizer que acredito que a tomada de decisão do nosso povo no dia de
ontem foi consciente, Ver. Ibsen Pinheiro, mas nós tivemos - a minha opinião é
essa - uma campanha extremamente despolitizada na televisão, que é o principal
momento da tomada de decisão do povo. Uma campanha despolitizada dos dois lados.
Nós tivemos problemas seriíssimos, Ver. Dib, na Frente Brasil Sem Armas, pela
disputa de qual opinião teríamos, e na realidade há uma opinião que vai além
disso. Acho que a campanha do voto contra o desarmamento, do voto Não, soube
utilizar algo que sensibiliza muito o povo brasileiro, que é a retirada de
direitos. Por que eu digo que soube utilizar? Porque todos os lutadores deste
País que lutaram contra o neoliberalismo de Fernando Henrique lutaram, durante
oito anos, contra a retirada de direitos. Nós lutamos e continuamos lutando
contra a retirada de diretos dos trabalhadores! Meu Partido, assim como outros,
luta pela manutenção dos direitos dos trabalhadores da CLT construída por
Getúlio Vargas. Então, o nosso povo toma consciência de que não pode perder os
seus direitos. E, uma vez que as duas campanhas foram despolitizadas e uma
delas trabalhou com a retirada de
direitos, qual a opção que o nosso povo faz? Para manter os seus direitos. E
nós temos que saber observar isso, embora eu, sinceramente, continue acreditado
que portar arma não deve ser um direito do povo, porque as armas não matam, as
pessoas matam, assim como a cocaína não mata, as pessoas morrem por consumir a
cocaína. Esse não é um direito do nosso povo, na minha opinião, não deveria
ser, mas o nosso povo reafirmou a sua luta pela garantia dos direitos sociais,
porque esse foi o centro dessa campanha do lado oposto ao nosso.
Agora, eu também quero salientar que, na minha
opinião, essa campanha não é a campanha da esquerda contra a direita, porque
nem os neoliberais do PSDB são reacionários e conservadores como quem venceu,
do ponto de vista político, o Referendo. Quem venceu é quem, imediatamente,
após vencer, pautou a prisão perpétua; pautou a proibição do aborto em todos os
níveis, inclusive, para o estupro, algo que soa antigo demais para as nossas
cabeças; é quem, imediatamente, trouxe à Pauta, novamente, a questão da redução
da idade penal. Nem o PSDB, que defende o conservadorismo, ou o ídolo mercado,
o ídolo da minimização do estado, é conservador como as forças que venceram,
ontem, o Referendo, do ponto de vista político, porque foi uma opção do nosso
povo.
Em seguida, Sr. Presidente, com a sua tolerância,
deixei para falar por último, não por ser menos importante, mas por ter muito
medo, de verdade, de me sensibilizar com o tema: eu gostaria de me somar com
todos, que no dia de hoje fizeram uma homenagem ao nosso Professor Guimarães,
da Universidade. Eu estava no Congresso do nosso Partido, em Brasília, e tentei
voltar de todas as maneiras possíveis para o velório, que foi realizado na
nossa Universidade, e para o enterro do nosso querido Professor. Acho que todos
temos que refletir profundamente. O Professor Guimarães era uma das pessoas
mais apaixonadas pela Universidade, pela vida que andava na nossa Reitoria, que
trabalhava e construía a nossa Universidade, e, quando nós perdemos um
sonhador, um homem de pique, um homem de coragem, e perdemos nessas
circunstâncias, atropelado por estar andando de bicicleta, nós devemos refletir
sobre quais as condições que criamos para que as pessoas de bem vivam na nossa
Cidade, para que as pessoas que querem ver esta Cidade alegre, como o Professor
Guima queria, possam continuar existindo e contribuindo para a nossa Cidade e
para o nosso País. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos
Todeschini está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, quero também, em nome da minha Bancada, saudar o
Congresso Nacional do PCdoB pelo sucesso, desejar mais sucesso ainda na
empreitada futura das nossas
lideranças e registrar também que nós tivemos o nosso encontro municipal,
preparatório ao encontro Estadual e ao encontro Nacional, em que se aprovaram
importantes resoluções, avanços, uma renovação e reorganização local do Partido
dos Trabalhadores, do qual todos saímos fortalecidos. Queremos saudar a
militância do nosso Partido, simpatizantes, aqueles que sempre acreditaram em
nossa proposta.
Mas
estou inscrito em Liderança para chamar a atenção da Liderança do Governo sobre
um assunto. Eu não estou vendo aqui a Vereadora-Líder, mas espero que os
Vereadores que representam o Governo me ouçam. Estive visitando uma comunidade
no sábado, estou com as fotos aqui, pediria, se possível, que elas sejam focadas pela TVCâmara. (Mostra as
fotos.) Na comunidade aconteceu algo que nunca havia acontecido antes, pelo
menos em nosso tempo: há uma grande rocha, conhecida como matacão, em que a
fissura natural está se abrindo. É uma pedra enorme que está acima de três
casas, ela está prestes a rolar, podendo ocasionar uma grande tragédia, caso as
pessoas estejam em casa. E sabe o que foi dito pela representação da
Prefeitura, pela SMAM? Que a Prefeitura não tem dinheiro para tratar esse
assunto e mandou a comunidade se virar. Já fiz um Pedido de Providências e
estou ingressando, em caráter liminar, com uma ação cível, porque alguém há de
se responsabilizar por esse caso. Trata-se de uma situação de risco, de alta gravidade,
pondo em risco a vida das pessoas e de muitas crianças que são residentes
dessas casas. É lá no bairro Lomba do Pinheiro, na Morada da Colina, com
endereço devido e respectivo, conforme o já encaminhado. Peço uma
reconsideração por parte da ação do Governo e dos órgãos responsáveis para que
não aconteça uma tragédia. Que fique isso registrado desde já. Posso auxiliar,
orientando o endereço com precisão.
Terceira
questão: muito tem sido dito acerca dos problemas e das dificuldades da
liberação dos recursos por parte do Banco Interamericano, e nós tivemos uma
série de dúvidas sobre os ditos do Governo acerca do assunto. Para isso,
fizemos um Pedido de Informações, porque, para que as coisas aconteçam, pela
experiência, pelo conhecimento e prática que nós temos, sabemos que, a cada
vinda de uma missão do BID, por exemplo, é gerada uma ata, que é o resultado
final daquilo que é pactuado acerca do andamento, do pari passu da obra,
do projeto, dos desembolsos, daquilo que vem do órgão financiador externo e daquilo
que deve ser feito por parte da Prefeitura. Surpreendentemente, diferente
daquilo que é dito, tenho aqui um Pedido de Informações respondido pelo
Executivo Municipal que diz o seguinte acerca da ajuda-memória (Lê.): “A
reunião de 25 de maio de 2005 não gerou ajuda-memória; a reunião de 16 de junho
de 2005 não gerou ajuda-memória; a reunião de 29 de julho de 2005 não gerou
ajuda-memória”.
Ora,
Ver. João Dib, o senhor acha que é possível uma missão internacional que tem um
rito, que vem para pactuar e repactuar o andamento dos programas não gerar ata
ajuda-memória? É possível crer numa coisa dessas? Eu acho que há algo muito mal
e que o Governo tem que vir aqui se explicar, porque se trata de um
financiamento internacional que está sustentando as principais obras de nossa
Cidade. Como uma missão que vem de Washington, vem para cá e não gera uma ata
no final? Isso nunca aconteceu com a Administração Popular; ao contrário,
estamos pedindo para ver exatamente o que está sendo pactuado e o que se tratou
a cada reunião, e o Governo responde oficialmente, Verª Neuza, dizendo que não
existe ajuda-memória para as atas de 2005! Como é que pode? Quero a explicação.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães):
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, meu caro Ver.
Todeschini, na realidade, quando o Ver. Todeschini apresenta um matacão que
está colocando em perigo uma coletividade, eu acho que aí não se trata de ter
ou não ter recursos, é de fazer a obra de qualquer maneira, porque nós não
podemos colocar em risco a coletividade. Eu estou acreditando que a colocação
que ele fez seja verdadeira, porque não tenho razão de pensar de forma
diferente.
Agora,
quanto ao BID, eu preciso colocar algumas coisas. A Prefeitura deveria pagar ao
BID, em janeiro de 2003, cinco milhões de dólares e deixou para pagar em
janeiro de 2005. E o BID não gosta dessas coisas, talvez não haja atas das reuniões,
porque não tinha o que falar, porque eles já disseram, tranqüilamente, que,
enquanto a Prefeitura não tiver demonstração de saúde financeira, ela não vai
fazer negócio nenhum com o BID, não, porque eles não vão emprestar dinheiro.
Até porque atrasos aconteceram.
O
Ver. Adeli Sell falou antes que a oposição à época não fazia análise do que lá
ocorria. Não é verdade. A Prefeitura mascarou permanentemente o seu Orçamento,
mascarou permanentemente a execução orçamentária, tanto que em 2003 a
Prefeitura teve as suas contas aprovadas - e eu tenho uma cópia -, porque não
havia problemas, e até dizia mais no Relatório que aprovava as contas da
Prefeitura: que ela poderia ter pago a bimestralidade aos servidores
municipais; eu mostrei isso aqui várias vezes, mas era mascarada a execução
orçamentária. Dizia que a Prefeitura poderia ter pagado a bimestralidade,
porque em momento nenhum - em momento nenhum -
o índice prudencial foi atingido. Portanto, o Tribunal de Contas nenhuma
vez chamou a atenção da Prefeitura quanto ao limite de gastos com pessoal; não
aconteceu isso, pelos números que foram apresentados ao Tribunal de Contas,
números confirmados pelo Secretário da Fazenda, inclusive.
E,
em 2004, eu continuei fazendo o acompanhamento da execução orçamentária e me
assustei realmente, quando vi que a Receita começou a cair. Mas, no dia 30 de
setembro de 2004, eu perguntei ao Secretário da Fazenda, Dr. Ricardo Collar,
quanto é que havia no sistema bancário naquele dia. Havia pouco mais de cem
milhões de reais, a maior parte em CDBs. E até hoje eu não entendi por que ele
disse, quando me deu os números: “Dib, não vai usar isso contra mim”. Não sei
por que, se ele tinha dinheiro. Por que eu iria usar contra ele o fato de haver
dinheiro depois de ter pago os servidores municipais e, provavelmente, de ter
pago os fornecedores? Ele tinha dinheiro em CDBs. Não tinha por que criticá-lo,
mas depois disso não consegui mais saber a disponibilidade bancária.
Em
30 de setembro, ele tinha cem milhões de reais; e, em outubro, novembro e
dezembro, a Receita cresce; em dezembro dá quase o dobro dos outros meses. Por
que ficou faltando dinheiro, e ainda pegou 22 milhões ou 24 milhões do DMAE?
Por quê? Porque mascararam os números, é por isso que o BID não quer emprestar
para a Prefeitura de Porto Alegre; já emprestou em ocasiões mais difíceis,
quando o Dr. Loureiro fez a Hidráulica do Menino Deus, que hoje leva o seu
nome: Loureiro da Silva. A situação da Prefeitura, quando ele assumiu a
Prefeitura, era de quatro meses de salário atrasado; colocou tudo em ordem,
pagou os servidores, pagou os fornecedores, fez empréstimo pessoal para poder
fazer a Prefeitura ser acionada e conseguiu fazer empréstimo do BID, porque
havia seriedade. E uma das coisas que a Prefeitura de Porto Alegre teve sempre
como característica é que sempre pagou os empréstimos internacionais, sem
nenhum atraso, sem nenhuma preocupação. E eu tenho até a felicidade de ter
terminado de pagar dois deles: um de 1909, para o esgoto na área central, no
Barclay Bank, que terminamos em 1984, e o da Hidráulica do Menino Deus,
Hidráulica Loureiro da Silva, quando fui Diretor do DMAE, em 1975 e 1976. Saúde
e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A
Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, vou tratar de duas
questões referentes ao nosso Município, questões que já foram levantadas aqui
por alguns Vereadores.
Primeiro, achei importante a informação trazida pelo Ver. Todeschini sobre uma casa que está em situação de risco. Eu acho que é importantíssimo esse debate, porque nós herdamos na Prefeitura uma quantidade inadmissível de moradias, de habitações em nossa Cidade, em áreas de risco, em áreas que efetivamente não poderia morar nenhuma pessoa. Mas já estamos contatando com os órgãos da Prefeitura para que - da forma ágil como tem ocorrido em relação às Secretarias que tratam desse tema - possamos também, nesse caso, enfrentar esse problema.
E
a segunda questão a que quero me referir é com relação ao DMAE - órgão do nosso
Município da maior importância -, respondendo aqui a uma colocação inverídica
trazida por uma Vereadora a esta tribuna, que manifestou uma preocupação com as
mudanças na estrutura organizacional do DMAE. Eu queria iniciar lembrando -
estou me referindo ao DMAE - que a Prefeitura, no Governo passado, firmou um
contrato com o BID para o financiamento da 3ª Perimetral. E é verdade que não
pagou nenhuma parcela - o pagamento das parcelas da 3ª Perimetral foi feito
pelo atual Governo -, e a Prefeitura firmou um contrato, inclusive deu uma
versão de que já estava paga a parcela da Perimetral, o que não era verdade.
Nesse contrato com o BID, foi constituído o chamado Plano de Desenvolvimento
Municipal, no qual constava uma linha de fortalecimento institucional para o
DMAE. Nessa linha ficou como responsabilidade do DMAE contratar uma
consultoria, portanto a definição da contratação da consultoria foi feita no
Governo anterior.
É
verdade também que os técnicos do DMAE não foram consultados e não participaram
do processo, mas isso, efetivamente, existiu, e nós achamos que é importante,
exatamente, a definição de um Plano de Desenvolvimento Municipal. Eu acho que
também é importante nessa discussão, para dar veracidade aos fatos, lembrar
que, quando tomamos posse, buscamos restabelecer o contrato, pois o mesmo já
estava vencido. Na negociação, foi-nos apresentada uma proposta de
reestruturação - tudo definido anteriormente -, e, evidentemente, isso era uma
proposta insuficiente. Foi necessária a ampliação das discussões para
democratizar o processo, e, por outro lado, o BID cobrava, evidentemente, na
medida em que foi assinado com ele um contrato, a implantação da proposta para
liberar os recursos. Então, para isso é preciso fixar um calendário, e foi
fixado o calendário. Para isso foi destravada uma série de debates internos em
reuniões com os diretores e chefias, inclusive intermediárias, e com a
Associação dos Técnicos Científicos dentro dessa metodologia de trabalho com a
participação dos funcionários como agentes decisivos no processo de
democratização da gestão pública.
Eu
acho que é importante retomar essa questão, pelas iniciativas democratizantes e
pelo cumprimento dos acordos firmados anteriormente, mas que não haviam saído
do papel. Eu acho que é importante colocar isso, porque algumas versões
construídas pela gestão anterior hoje são retomadas nesta tribuna por uma
Vereadora da base do Governo anterior que se isenta da responsabilidade das
suas próprias atitudes e isenta o Partido que administrou esta Cidade durante
16 anos.
Para
concluir, Sr. Presidente, eu queria dizer que nós não vamos nos isentar de
nenhuma responsabilidade, mas não podemos deixar que uma versão que não
corresponde à verdade seja passada como verdadeira. O contrato foi feito com o
BID, não foi paga nenhuma parcela desse contrato; nesse contrato já havia sido
decidida uma consultoria - tudo isso feito pelo Governo passado. O que nós
fizemos? Ampliamos a discussão com os funcionários e com os técnicos do DMAE,
ampliamos o debate com a sociedade através de um processo que está hoje em
curso na Prefeitura de Porto Alegre e pagamos evidentemente o contrato que foi
feito.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O
Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. LUIZ BRAZ: Sr.
Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
senhoras e senhores. Foi magnífica, ontem, a participação do público neste
Referendo sobre a proibição do comércio de armas em todo o Brasil, acredito que
principalmente para nós aqui do Rio Grande do Sul. O Rio Grande do Sul deu,
talvez, uma das maiores lições cívicas que poderia ter sido dada por um
segmento populacional e que deve ser reconhecida pelo Governo Federal como uma
das grandes lições da sua trajetória. Praticamente 90% dos gaúchos votaram no
Não. E esses 90% estão ligados à rejeição, também, do Governo Federal aqui no
nosso Estado. Os gaúchos não engolem o fato de o Governo Federal estar fazendo,
praticamente, um desgoverno com relação a todo Brasil, mas, principalmente, com
relação ao Rio Grande do Sul. Estamos, praticamente, abandonados pelo Governo
Federal, a ponto de não termos, na verdade, projetos importantes sendo desenvolvidos,
verbas que possam vir e dar alguma esperança para o nosso povo, para que
possamos melhorar as nossas condições.
E
tudo aquilo que o Presidente Lula prometeu, na época de campanha política,
ficou apenas como uma conversa de campanha eleitoral e não teve o condão de ter
o compromisso com a verdade. O Presidente Lula, quando fazia as suas promessas,
não estava se comprometendo com a verdade. Ele queria apenas, de alguma forma,
iludir as pessoas, iludir o povo, para que houvesse a atração do voto naquele
momento.
Como
o povo gaúcho é extremamente politizado, acredito, Ver. Ibsen, que essa
resposta dada durante o Referendo foi uma resposta dada ao Governo Federal,
dizendo: “Olha, Presidente, nós não estamos de acordo com o que o senhor está
fazendo, com esse desmazelo político, com relação ao Rio Grande do Sul e com
relação a todo o Brasil”.
Um
Presidente que, praticamente, não vem mais ao Brasil, é um Presidente que está
gastando os seus dias para visitar aqueles países que não conhece ainda. Ele
vai visitar a Rússia, vai visitar outros países e não traz nenhum dividendo
político para o povo brasileiro, não traz, na verdade, nenhuma vantagem
política para o povo brasileiro. Quando esteve na Rússia, ele disse que ia
desmanchar aquela política com relação às exportações da carne bovina, mas
continuam as restrições absolutamente iguais, inclusive aumenta o número de
países que impõem restrições às exportações brasileiras. Infelizmente, ele tem
sido um Presidente que, se fosse aplicado o impeachment, seria pouco,
porque, afinal de contas, ele está dando uma lição de como não se deve governar
um País.
Então, o povo do Rio
Grande do Sul, que é altamente politizado, soube dar a resposta; sabendo que o
Presidente fazia a campanha pelo Sim, acabou se posicionando muitas vezes até
para dizer “não” ao Presidente, pela campanha do Não. O que aconteceu é que o
Rio Grande do Sul, através de praticamente 90% das pessoas que aqui habitam,
acabou dizendo: “Chega Presidente Lula! O senhor não vai mais enganar o nosso
povo. O senhor não vai mais iludir a população brasileira. O senhor não mais
enganará o Rio Grande do Sul, porque 90% de nós têm consciência para dizer
‘não’ ao Governo do PT”.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães):
Havendo quórum, passamos à
Em votação a ordem de votação dos Processos
acordados entre as Lideranças. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
O SR. MARIO
FRAGA (Questão de Ordem): É só um pedido: eu estou retirando o PLL nº
171/05, da Verª Clênia Maranhão, porque
a Vereadora não está. Ela quer deixar para votar na quarta-feira.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Perfeito. Está
sendo, portanto, retirado o PLL nº 171/05.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0101/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 03/05, de autoria do
Ver. Raul Carrion, que acrescenta § 1º ao art. 3º, transformando o atual
parágrafo único em § 2º, da Lei n.º 6.986, de 27 de dezembro de 1991, que
institui a Semana da Consciência Negra no Município de Porto Alegre e dá outras
providências. Com Emenda n. 01.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao Projeto
e a Emenda n. 01.
Observações:
- relatou a matéria, na CEFOR, a Ver.ª
Maristela Maffei, pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01, sendo o Parecer
rejeitado;
- incluído na
Ordem do Dia, por força do art. 81 da LOM, em 29-09-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o
PLL nº 003/05. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Sebastião Melo, o PLL nº 003/05. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 25 votos SIM e 01 ABSTENÇÃO.
O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Sr.
Presidente, peço escusas, mas esse Projeto não é o Projeto da Câmara de
Vereadores?
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Não, não é
aquele da Câmara.
O SR. SEBASTIÃO MELO: É outro
Projeto?
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): É outro
Projeto que estabelece lá na área do Executivo. Aqui fala em Município.
Rigorosamente é na área do Executivo, porque a Câmara também é Município. Mas o
significado é de Prefeitura, de Executivo.
Em votação a Emenda nº 01 ao PLL n° 003/05. Os Srs. Vereadores que
a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA,
com dois votos contrários.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 2630/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 122/05, de autoria do
Ver. Paulo Odone, que institui o Dia Olímpico Municipal a ser comemorado,
anualmente, no dia 23 de junho, que passará a integrar o Calendário de Eventos
Oficiais de Porto Alegre.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 08-09-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PLL n° 122/05. (Pausa.) O
Ver. Paulo Odone está com a palavra para discutir o PLL n° 122/05.
O SR. PAULO ODONE: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, na
verdade, eu queria encaminhar conjuntamente dois Projetos e tranqüilizar o Ver.
Vendruscolo de que não há vício de origem. Quero dizer aos nossos nobres
colegas o seguinte: eu tenho dois Projetos, e nós vamos votar um seguido do
outro. Um é sobre o Dia Olímpico Municipal. Por que eu pedi esse Projeto? O
Ver. João Bosco pediu que a Câmara o aprovasse, porque ele quer fazer, no ano
que vem, até por essa presença que o Rio Grande vem tendo com a Daiane e tudo,
a instituição do Dia Olímpico Municipal. Já há o Dia Olímpico Internacional,
uma lei que foi aprovada no passado, recomendando que o Prefeito o insira, por
decreto, no Calendário da Cidade, e não vem sendo incluído. Agora faremos o Dia
Olímpico Municipal por força de lei. Por isso fiz esse Projeto - e a pedido
também de alguns desportistas de escol nossa - e, agora, mais ainda, para
valorizar Porto Alegre, que tem obtido troféus de ouro na disputa.
O
outro Projeto ao qual já havia me referido quando esteve na Pauta é sobre a
concessão a um grande artista nosso, gaúcho, da Comenda Pedro Weingartner, o
artista plástico Paulo Porcella. Ele é um homem que tem imenso currículo de
trabalhos e participação internacional, de participação aqui no nosso Município
nas artes plásticas, é um homem que nunca recebeu de nenhuma oficialidade os
destaques, sempre os recebeu da classe cultural, do setor de artes plásticas. Nós
vamos fazer nesta Casa a concessão da Comenda Pedro Weingartner ao Paulo
Porcella e temos uma Emenda solicitando que, no dia da homenagem, seja feita
uma exposição de suas obras aqui na Casa, uma síntese contendo trabalhos feitos
na nossa Galeria Municipal, onde deu aulas de pintura para várias gerações,
pode-se dizer assim, e trabalhos internacionais. São para esses encaminhamentos
que solicito aos colegas a aprovação.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o PLL nº 122/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 4405/05 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 121/05, de autoria do Ver. Paulo Odone, que concede a Comenda Pedro
Weingärtner ao Artista Plástico Paulo Porcella. Com Emenda n. 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao Projeto
e à Emenda n. 01;
-
da CECE. Relatora Ver.ª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto e da
Emenda n. 01.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 17-10-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PR nº 121/05. (Pausa.) Não
há quem queira discutir. Em votação o PR nº 121/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação a Emenda nº 01 ao PR nº 121/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA,
com abstenção do Ver. Carlos Todeschini e da Verª Sofia Cavedon.
Srs.
Vereadores, solicito votação em bloco dos Projetos de logradouros públicos. São
eles: PLL nº 077/05; PLL nº 134/05; PLL nº 144/05; PLL nº 158/05 e o PLL nº
168/05. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 1596/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 077/05, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça do Lago Verde um logradouro público
cadastrado, localizado no Bairro Mário Quintana.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Elias Vidal: pela
aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação
do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 17-10-05.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 2881/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 134/05, de autoria da
Ver.ª Margarete Moraes, que denomina Vila Jardim Cruz Alta a área conhecida
como Vila dos Tranviários.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto;
- da CUTHAB. Relator
Ver. José Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 10-10-05.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 3089/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 144/05, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Pastor Alberto Bantel um logradouro
público cadastrado, localizado no Bairro Mário Quintana.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto;
- da CUTHAB. Relator
Ver. Mario Fraga: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 10-10-05.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 3168/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 158/05, de autoria do
Ver. Aldacir Oliboni, que denomina os seguintes logradouros não-cadastrados,
localizados no Bairro Belém Novo: Rua Egino Luz de Freitas, Rua Tim Maia e Rua
Mercedes Azzolini.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto;
- da CUTHAB. Relator
Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 10-10-05.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. N. 3388/05 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 168/05, de
autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que denomina Rua João Baptista Tedesco um logradouro público cadastrado,
localizado no Bairro Mário
Quintana.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto;
- da CUTHAB. Relator
Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 10-10-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação: o PLL nº 077/05; PLL nº 134/05; PLL nº
144/05; PLL nº 158/05 e o PLL nº 168/05. Os Srs. Vereadores que os aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADOS,
com voto contra do Ver. João Antonio Dib e do Ver. Carlos Todeschini.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 2109/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 100/05, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que concede o título
honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Maestro Isaac Karabtchevsky.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia, em 19-10-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PLL nº 100/05. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 100/05. (Pausa.) (Após
a apuração nominal.) APROVADO por 27 votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 3856/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 187/05, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que concede o título
honorífico de Cidadão de Porto Alegre
ao Senhor Manfred Flöricke.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Ibsen
Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Neuza
Canabarro: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 24-08-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PLL nº 187/05. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 187/05. (Pausa.) (Após
a apuração nominal.) APROVADO por 25
votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 4625/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 217/05, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que concede o título
honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Carlos Roberto Camargo
Oliveira.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 17-10-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PLL nº 217/05. (Pausa.) Não
há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 217/05. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 28
votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 4691/05 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 219/05, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Senhor Édison
Freitas de Siqueira.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação
do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 17-10-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o
PLL nº 219/05. (Pausa.) Não
há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 219/05. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 26
votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. N. 5130/05 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 245/05, de
autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que concede o título honorífico de Cidadão de
Porto Alegre ao Padre Antonio Domingos Lorenzatto.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia, por força do
art. 81 da LOM, em 24-08-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PLL nº 245/05. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 245/05. (Pausa.) (Após
a apuração nominal.) APROVADO por 28
votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 4061/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 115/05, de autoria do Ver. João
Carlos Nedel, que concede o título honorífico de Líder Comunitário ao
Padre Antônio Juarez de Moura Maia.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Adeli Sell: pela aprovação
do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 19-10-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PR nº 115/05. (Pausa.) Não
há quem queira discutir. Em votação o PR nº 115/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 4281/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 118/05, de autoria do Ver. Maurício
Dziedricki, que concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” ao Músico José Augusto Pereira da Silva.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Adeli Sell: pela aprovação
do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia, em 19-10-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PR nº 118/05. (Pausa.) Não
há quem queira discutir. Em votação o PR nº 118/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 4507/05 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 122/05, de autoria do Ver. Luiz Braz, que concede o troféu Honra ao
Mérito à Senhora Yeda Rorato Crusius.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto;
- da CECE. Relator
ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 24-10-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PR nº 122/05. (Pausa.) Não
há quem queira discutir. Em votação o PR nº 122/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 5393/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 126/05, de autoria dos Vereadores João
Carlos Nedel, João Antonio Dib e Mônica Leal, que concede o Prêmio de Educação
Thereza Noronha ao Padre Egydio Eduardo Scheneider, SJ.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia, por força do
art. 81 da LOM, em 13-10-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PR nº 126/05. (Pausa.) Não
há quem queira discutir. Em votação o PR nº 126/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Nada
mais havendo a tratar, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 18h11min.)
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